Acidente tirou Rodrigo da dança, mas não conseguiu apagar sonhos
Última tentativa para chamar atenção foi indo até a Pantaneta e tentando se conectar com Léo Santana
Após dedicar anos de sua vida para a dança, Rodrigo Alencar da Silva se viu sendo obrigado a abandonar a profissão. Dois acidentes prejudicaram seus joelhos e, aguardando pelas cirurgias no SUS, ele narra que a esperança não foi apagada.
Sobre sua história com a dança, Rodrigo explica que tudo começou quando era jogador de vôlei e rompeu seu primeiro ligamento durante um acidente de trânsito, em 2010. “Machuquei meu primeiro joelho, mas tive a oportunidade de morar em Balneário Camboriú a convite de um amigo. Fui para lá e comecei a participar na primeira companhia de dança”.
De acordo com o dançarino, ele se conectou com a música desde cedo, mas apenas quando se mudou é que começou a tratar o gosto enquanto profissão. “Quando eu fiz 17 anos, existiam eventos de pagode na Praça Ary Coelho. Na época, tinha um grupo chamado Artimanha e sempre tive vontade de ter um grupo também”, diz.
E, nesse período, surgiu a paixão pelo axé, que segue até hoje, como ele explica. Por isso, resolveu ir até a Pantaneta e tentar se conectar com seu ídolo, Léo Santana, para ganhar visibilidade.
“Comecei a dançar com bandas pela companhia de dança, em Santa Catarina. Comecei a dar aulas em academia, fizemos eventos em praia com aula de aeróbico, desenvolvemos um projeto muito bacana”.
Ainda morando em Santa Catarina, Rodrigo viajou internacionalmente para trabalhar, indo para países como Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile. Alguns anos depois, de volta para Campo Grande, ele narra que decidiu continuar no mundo da dança.
Por aqui, a dinâmica continuou parecida com a de Balneário Camboriú, já que seguiu sendo professor em academias. O problema é que durante a pandemia, há três anos, o segundo joelho foi atingido.
Após cair de um muro, o outro ligado foi rompido, fazendo com que a mobilidade de Rodrigo fosse ainda mais afetada. “Hoje não consigo fazer mais nada, não consigo brincar com meu filho de 4 anos e ando bem pouco porque se eu andar muito passo noites em claro com dores. Limitou muito minha vida, até mesmo para a questão de cuidar da saúde, ir para a academia, é bem complicado”.
Na época, o dançarino detalha que fez todos os procedimentos médicos possíveis, mas até hoje não conseguiu garantir sua cirurgia.
“O médico me acompanhou, fui afastado pelo INSS, mas precisava fazer a cirurgia. Passei para marcar a cirurgia, mas a atendente pediu para eu retornar anualmente para ver o andamento, então vi que não conseguiria fazer”, diz Rodrigo.
Desde então, ele segue aguardando e, agora, decidiu que precisaria tentar algo diferente. “Ganhei muito peso, vi todas as dificuldades, limitações e entendi que tinha que correr atrás”, explica.
Por isso, resolveu ir atrás de seu ídolo, Léo Santana, para tentar ganhar visibilidade para seu problema. “Pensei que ele viria para a Pantaneta e perguntei para minha esposa o que ela achava de eu correr atrás. Eu não quero dinheiro dele, quero contar um pouco da minha história e pedir ajuda para divulgar isso. Acho que divulgando, consigo fazer minhas duas cirurgias e voltar. Queria que ele abraçasse no quesito de galera, vamos ajudar aí”, completa.
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