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Comportamento

Acidente tirou Rodrigo da dança, mas não conseguiu apagar sonhos

Última tentativa para chamar atenção foi indo até a Pantaneta e tentando se conectar com Léo Santana

Por Aletheya Alves | 07/10/2023 07:15
Rodrigo continua sonhando em voltar a trabalhar como professor de dança. (Foto: Alex Machado)
Rodrigo continua sonhando em voltar a trabalhar como professor de dança. (Foto: Alex Machado)

Após dedicar anos de sua vida para a dança, Rodrigo Alencar da Silva se viu sendo obrigado a abandonar a profissão. Dois acidentes prejudicaram seus joelhos e, aguardando pelas cirurgias no SUS, ele narra que a esperança não foi apagada.

Sobre sua história com a dança, Rodrigo explica que tudo começou quando era jogador de vôlei e rompeu seu primeiro ligamento durante um acidente de trânsito, em 2010. “Machuquei meu primeiro joelho, mas tive a oportunidade de morar em Balneário Camboriú a convite de um amigo. Fui para lá e comecei a participar na primeira companhia de dança”.

De acordo com o dançarino, ele se conectou com a música desde cedo, mas apenas quando se mudou é que começou a tratar o gosto enquanto profissão. “Quando eu fiz 17 anos, existiam eventos de pagode na Praça Ary Coelho. Na época, tinha um grupo chamado Artimanha e sempre tive vontade de ter um grupo também”, diz.

E, nesse período, surgiu a paixão pelo axé, que segue até hoje, como ele explica. Por isso, resolveu ir até a Pantaneta e tentar se conectar com seu ídolo, Léo Santana, para ganhar visibilidade.

“Comecei a dançar com bandas pela companhia de dança, em Santa Catarina. Comecei a dar aulas em academia, fizemos eventos em praia com aula de aeróbico, desenvolvemos um projeto muito bacana”.

Em acidentes, os dois joelhos foram prejudicados e precisam de cirurgia. (Foto: Alex Machado)
Em acidentes, os dois joelhos foram prejudicados e precisam de cirurgia. (Foto: Alex Machado)

Ainda morando em Santa Catarina, Rodrigo viajou internacionalmente para trabalhar, indo para países como Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile. Alguns anos depois, de volta para Campo Grande, ele narra que decidiu continuar no mundo da dança.

Por aqui, a dinâmica continuou parecida com a de Balneário Camboriú, já que seguiu sendo professor em academias. O problema é que durante a pandemia, há três anos, o segundo joelho foi atingido.

Após cair de um muro, o outro ligado foi rompido, fazendo com que a mobilidade de Rodrigo fosse ainda mais afetada. “Hoje não consigo fazer mais nada, não consigo brincar com meu filho de 4 anos e ando bem pouco porque se eu andar muito passo noites em claro com dores. Limitou muito minha vida, até mesmo para a questão de cuidar da saúde, ir para a academia, é bem complicado”.

Na época, o dançarino detalha que fez todos os procedimentos médicos possíveis, mas até hoje não conseguiu garantir sua cirurgia.

“O médico me acompanhou, fui afastado pelo INSS, mas precisava fazer a cirurgia. Passei para marcar a cirurgia, mas a atendente pediu para eu retornar anualmente para ver o andamento, então vi que não conseguiria fazer”, diz Rodrigo.

Fotos registram período em que ele atuava como dançarino. (Foto: Alex Machado)
Fotos registram período em que ele atuava como dançarino. (Foto: Alex Machado)

Desde então, ele segue aguardando e, agora, decidiu que precisaria tentar algo diferente. “Ganhei muito peso, vi todas as dificuldades, limitações e entendi que tinha que correr atrás”, explica.

Por isso, resolveu ir atrás de seu ídolo, Léo Santana, para tentar ganhar visibilidade para seu problema. “Pensei que ele viria para a Pantaneta e perguntei para minha esposa o que ela achava de eu correr atrás. Eu não quero dinheiro dele, quero contar um pouco da minha história e pedir ajuda para divulgar isso. Acho que divulgando, consigo fazer minhas duas cirurgias e voltar. Queria que ele abraçasse no quesito de galera, vamos ajudar aí”, completa.

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