Após 20 anos, Brucy casou com amor de infância que nunca esqueceu
Ela era menina que esteve no “com quem será?” do seu aniversário de 10 anos e que ele já era apaixonado
A história do analista de sistemas Brucy Bertholi e da empresária Amanda Saueia Valdes Bertholi, ambos de 31 anos, bem que poderia ser história daqueles filmes românticos que a gente amava assistir na “Sessão da Tarde”. Os dois se conheceram na infância, ele já tinha uma “paixonite” por ela, mas só 20 anos depois, conseguiu ver Amanda vestida de noiva e dizendo um emocionante “sim”.
Os dois estudaram juntos, dos 9 aos 12 anos de idade. Naquela época, Brucy admite que “tinha uma quedinha por ela”. Tanto que no seu aniversário de 10 anos, o famoso “com quem será” foi com Amanda. Isso acabou deixando os dois envergonhados, mas não impediu ele de contar aos seus familiares que gostava dela.
No final do ano 2000, teve a festa de encerramento do colégio e formatura e, por sorte, existem algumas filmagens desse momento. “Meu avô havia comprado uma câmera e sempre me incentivava a filmar os eventos e coisas da família”, lembra. Nessa fita, aparecem vários takes da Amanda e a voz dos tios, falando para filmar a “namoradinha do Brucy”, lembra o noivo.
Aos 13 anos, ele se mudou de colégio e, apesar de ter perdido o contato físico, os dois sempre davam um jeitinho de stalkear um ao outro nas redes sociais. “Na época, o auge estava sendo o Orkut. A vida seguiu e a única forma que a gente ficava sabendo um do outro, era de fato pela internet. Até que em 2013, no finado bar Lendas, eu encontrei a Amanda sem querer”.
Esse encontro fez os dois ficarem sem reação. “Eu não soube o que fazer e acabou que nada aconteceu. Mas algo ficou ali dentro de nós. Eu cheguei a mandar mensagem pra ela logo quando cheguei em casa, tentamos marcar alguma coisa, mas não deu certo, não era o nosso momento. Aquele encontrou mexeu muito comigo e fiquei pensando nisso por vários dias”.
A vida mais uma vez seguiu, cada um trilhou o seu caminho, mas no começo de 2019, a Amanda postou um story no Instagram que chamou atenção de Brucy e abriu uma brecha para ele conversar com ela. “Retomei o assunto do nosso encontro em 2013 e chamei-a para sair com a desculpa de que não havíamos feito isso lá atrás e precisávamos nos encontrar para contar as historias do colégio e da vida. Acabamos quase deixando passar novamente esse encontro, mas até que no dia 15 de março de 2019, saímos pela primeira vez e, desde então, não nos desgrudamos mais”.
Logo quando o relacionamento começou, Brucy recebeu propostas de trabalho em São Paulo (SP) e decidiu que iria embora. “Sem pensar duas vezes, eu perguntei se ela queria ir comigo e, para minha surpresa, ela sem pensar duas vezes, falou que sim”.
Mas as propostas não deram certo e ele ficou. Foi assim que os dois começaram a construir uma história juntos em Campo Grande mesmo.
Enquanto a reforma do apartamento deles rolava, Brucy correu atrás de um anel de noivado, pois iria pedir ela em casamento no Líbano. “Estávamos com viagem marcada para lá em março de 2020 e, coincidentemente, a família materna dela é de Zahle, o que eu considerei ser o momento ideal”.
Quando chegou a data da viagem, começou uma correria, afinal, o covid-19 estava explodindo no mundo todo. “Iríamos fazer uma escala na Itália e depois iríamos para o Líbano, mas o Líbano fechou as fronteiras para quem vinha da Itália. Comecei a planejar várias outras coisas e tentando remarcar a viagem com muito custo para outros países, pois vários lugares estavam começando a fechar fronteira, até que conseguimos marcar para Praga, na Republica Tcheca e Londres, na Inglaterra”.
Brucy reprogramou tudo e a pediu em casamento em Viena, na Áustria, pois é, um país vizinho de Praga e daria tranquilamente para irem de carro. “Quando chegamos a Praga, mais surpresas... Após alguns dias de passeio, tudo começa e a cidade começou a ficar vazia, com um ar apocalíptico. Recebemos o comunicado que a Republica Tcheca iria fechar as fronteiras com outros países da Europa e, automaticamente, me gerou mais uma preocupação, pois não seria possível ir para Viena e muito menos realizar o pedido do jeito que eu havia planejado novamente”.
O casal entrou em contato com a companhia aérea e descobriu que o voo para a Inglaterra havia sido cancelado. Dali em diante, foi só perrengue, até que os dois conseguiram chegar em Londres.
“Logo quando chegamos, resolvemos sair e fomos tomar cerveja em um pub. Levei a aliança comigo e iria pedir ela naquela noite. Por sorte, ao sair do pub, encontramos um restaurante Libanês para comer e foi uma baita coincidência. Saímos do restaurante e a Amanda insistia em ir para o hotel. Ja havíamos ido ver a London Eye (a famosa roda gigante) e pedi para ela para que voltássemos lá. Voltamos e, em uma rua deserta, eu ajoelhei e pedi ela em casamento”.
Depois de tanta loucura, os dois voltaram ao Brasil e planejaram o casamento. “Escolhemos casar no civil e fazer um jantar apenas para os nossos familiares mais próximos, já que o irmão dela e nossas mães, que não moram aqui, estariam em Campo Grande no final ano”.
O local da cerimônia foi o restaurante Les Amis, cenário de vários jantares românticos que os dois tiveram. “Além do ambiente, amamos a cultura francesa, os vinhos, os pratos e a música. Inclusive, temos playlists francesas que ouvimos enquanto estamos juntinhos”.
A cerimônia intimista, para o casal, tornou tudo especial. “Com pessoas que participaram de praticamente nossa vida inteira, desde a infância, pudemos estar próximos de todos e curtir cada uma das pessoas que ali estavam. Mas acredito que o momento mais incrível, foi na hora que eu vi a Amanda chegando com o pai dela e logo depois, fizemos nossos votos. A emoção tomou conta e realmente foi um momento muito único, verdadeiro e puro”, finaliza o noivo.
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