Após 30 anos, mulheres celebram amizade que José Abrão criou
Elas se conheceram na infância, seguiram rumos diferentes, mas nunca se separaram
A amizade de 30 anos, que começou na infância, virou motivo de celebração para oito mulheres que cresceram no mesmo bairro em Campo Grande. Para marcar a data, elas organizaram uma festa com direito à camisa, copo e decoração personalizada.
O evento ocorreu no último sábado (17) com tudo que as meninas gostam, como música, dança e, no caso de algumas, cerveja. Apesar dos anos de amizade, Aline Martins Feliz, de 36 anos, Claudete dos Anjos, de 41 anos, Elizane Messias, Eliciane Messias, Lívia Costa, Patrícia Herebia, Raquel Martins, Daniela Duarte e Jucilene Coronel nunca tinham feito uma celebração com esse propósito.
Aline comenta como conheceu as amigas e os momentos que marcaram o convívio. “A gente morava todas no José Abrão. Uma morava na frente da outra, era tudo pequena, eu devia ter 7 anos. Na frente da praça a gente sempre estava por ali, jogávamos vôlei na quadra, sempre estávamos tomando tereré na casa da Elizane, que era o ponto de encontro bem na esquina”, recorda.
Segundo a autônoma, a ligação que todas mantêm é algo difícil de se ver hoje em dia. “Ainda existe amizade verdadeira, duradoura, sempre tivemos contato, temos grupo. No mundo que a gente tá vivendo a pessoa se conhece e daqui um mês não se fala mais”, afirma.
Da infância, adolescência à fase adulta, as oito sempre deram um jeito de estarem presentes. Seja nas alegrias ou tristezas, Aline garante que uma sempre esteve ali pela outra. “É interessante que cada uma estudava numa escola, fez um curso, ninguém é igual e sempre tivemos a mesma amizade. Todas acompanharam a fase uma da outra em todos os momentos”, destaca.
Devido ao vínculo que formaram, as famílias das oito amigas viraram uma só. Por isso, é comum todas se reunirem uma na casa da outra para conversar e fazer um churrasco animado.
Claudete dos Anjos relata mais sobre essa união que aproximou as famílias. "A gente sempre estava juntas, sempre nos reunimos, vamos nas casas das outras com os filhos e maridos. Todo mundo junto”, pontua.
Em relação à festa, ela explica que foi sugerida por uma das meninas e todas toparam de imediato. O evento saiu do jeito que elas planejaram e a celebração dos 30 anos ocorreu de forma descontraída.
“Essa foi a primeira que fizemos só pra nós, sempre vamos na casa de alguém fazer uma coisinha. A Elizane falou: ‘Vamos fazer uma festa só para nós daquele jeito que a gente gosta de fazer. A gente gosta de fazer essas coisinhas para se divertir, deu supercerto, foi muito gostoso”, relata.
Para ela, as sete amigas na verdade são irmãs. “Criamos um vínculo grande, de afeto mesmo, de irmãs”, diz. Sobre os momentos significativos da amizade, ela fala de quando perdeu o companheiro e que no luto foi acolhida pelo grupo. “Eu perdi meu marido há pouco tempo e elas me acolheram, se aproximaram, deram um aconchego”, conta.
Após três décadas de vínculo e afeto construído, as oito amigas não tiveram dúvidas no momento de fazer o brinde. "Brindamos a amizade", pontua Aline.
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