Bete partiu um dia antes do bazar que, há 30 anos, faz com as amigas
Nem quando estava internada ela abandonou a dedicação ao grupo Amor Perfeito
Por Aletheya Alves | 29/11/2024 07:15
Integrantes do grupo solidário "Amor Perfeito", de Campo Grande. (Foto: Arquivo pessoal)
Internada, Elizabete Maria Gilbert Bastos não deixava de perguntar como estava o andamento do bazar anual promovido pelo grupo Amor Perfeito. Um dia antes do evento, faleceu e, enquanto o grupo de amigas se dividia entre o velório e a ação, decidiu honrar a memória da voluntária que garantiu ajuda para tanta gente durante mais de 30 anos.
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O grupo voluntário "Amor Perfeito", de Campo Grande, homenageou Elizabete, uma de suas fundadoras e voluntária por mais de 30 anos, que faleceu um dia antes do bazar anual do grupo. As integrantes descrevem Elizabete como a "bússola" do grupo, sempre disposta a ajudar e inspirar os outros com seu sorriso contagiante e café quentinho. Apesar da tristeza pela perda, o grupo prosseguiu com o bazar, honrando a memória de Elizabete e seu legado de generosidade e dedicação à comunidade.
“Não foi apenas os braços esquerdo e direito do grupo, como também nossa bússola, nos auxiliando e direcionando sempre com um sorriso largo e generoso, que vinha pontualmente acompanhado de um cafezinho quentinho, passado na hora”, descrevem as integrantes do grupo solidário.
Ao lado de Bete, Ana Lucia Avesani integrou o coletivo inicial que futuramente se tornaria o Amor Perfeito. Mais de 30 anos atrás, elas se conheceram na extinta Casa da Criança e iniciaram voluntariado para mobilizar forças em prol da organização.
Todas nós estávamos procurando alguma forma de ajudar e encontramos a Casa da Criança. Todas as nossas ações eram para ajudar as crianças atendidas de lá e, quando a instituição acabou, nos adaptamos para continuarmos. Foi assim que se tornou Amor Perfeito, ajudando quem mais precisa”, descreve Ana.
Dividida entre a alegria de ter convivido com Bete por tanto tempo e a tristeza de precisar se despedir, a voluntária garante que a amiga era uma pessoa inspiradora. Tanto que, para além de auxiliar na arrecadação de doações, fazia questão de compartilhar mensagens e reflexões com todas as amigas.
Amigas fizeram broche para homenagear a amiga que partiu. (Foto: Marcos Maluf)
Refletindo sobre o que fica da parceira, Ana diz que os presentes de aniversário eram cheios de significados. “Ela era espírita, então em todos os anos me dava livros inspiradores. Isso me marcou muito porque me engrandeceu demais”.
Erotildes Silva Queiroz, por sua vez, assim como Arlete Magalhães Albuquerque, não deixam de lembrar dos sorrisos largos, da disposição em ajudar e do cafézinho que Bete fazia questão de coar para o grupo.
“Sempre que fizermos café para o grupo, será como se Bete estivesse aqui. Era uma das marcas dela. E ela era tão preocupada em querer ajuda com tudo, que tivemos que dizer para ela ficar tranquila com o bazar porque não deixou de perguntar em momento algum”, diz Erotildes.
Como um todo, o grupo também destacou que “alegria” chegava a ser uma palavra simples demais para se referir ao estado de espírito de Bete.
“Afinal, tudo o que envolvia o seu nome era um evento animado. Nosso bazar aconteceu com uma enorme lacuna sem a presença da gigante Elizabete. As inesquecíveis lembranças nos darão forças para seguirmos em frente nessa doce e generosa caminhada que se chama Amor Perfeito”, completam as integrantes.
