Certificado de trancista é esperança para quem temia passar fome
Precisando trabalhar para ajudar em casa, Maylon se encontrou no ramo da beleza
Aos 19 anos, Maylon dos Anjos Antunes precisou decidir qual rumo tomar na vida e, temendo até passar fome, se viu recuperando a esperança ao se tornar trancista. Agora, o jovem segue em busca de clientes para conseguir sustentar o próprio sonho.
Ainda se estruturando, ele conta que os atendimentos têm sido feitos em sua própria casa, no Jardim Tijuca. Mas, por tudo ainda ser muito inicial, os passos têm sido curtos e lentos.
Contando sobre sua história, Maylon narra que cresceu no bairro em que mora e, por ali, já precisou pedir por ajuda. Morando apenas com a mãe, ele comenta que não conseguiu terminar o Ensino Médio por precisar escolher entre estudar e encontrar uma solução para contribuir nas contas de casa.
“Eu estava terminando o terceiro ano do Ensino Médio, mas as coisas em casa apertaram e eu não pude esperar, então fui procurar serviço, fazer freelance e acabei me perdendo da escola”, explica Maylon.
Se planejando para retomar a educação no próximo ano, o jovem conta que tudo irá depender de como sua vida profissional irá evoluir. “Só deixei de estudar porque tinha que trabalhar, fazer algo para ajudar a minha família. Antes, eu já trabalhei como atendente, auxiliar administrativo, fiz açaí, enfim, várias coisas, mas hoje eu me encontrei na área da beleza”.
Apesar do medo, Maylon narra que os sonhos voltaram a ter mais esperança desde que passou a trabalhar com cabelos. Sempre tendo gostado, ele decidiu usar um dinheiro que havia guardado para emergências na compra de um curso para se tornar trancista.
“Pensei em fazer o curso para aprender e ter uma profissão em que eu conseguisse trabalhar para mim mesmo. Por enquanto, ainda não estou ganhando lucro nenhum, mas sei que vai dar certo”, diz o jovem.
Ao olhar pelo que já passou, o trancista diz que o principal foco envolve melhorar de vida ao lado da sua mãe. “Antes, foi um sufoco porque minha mãe não estava conseguindo arrumar emprego e eu também não. As coisas começaram a acabar em casa e, um dia, minha mãe falou que estava cansada de comer só arroz porque era isso com farinho”.
Hoje, o cenário já é melhor, conforme ele garante, mas as dificuldades ainda continuam presente. Por isso, o pedido de Maylon é para que as pessoas conheçam seu trabalho e, com essa parte evoluindo, o restante também se segue.
Para conhecer mais sobre a parte profissional do jovem e contatá lo, o perfil no Instagram é @studio_doblack.
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.