Com coração novo, Emerson deixa hospital aliviado e sonha recomeçar
Após cinco meses internado na Santa Casa, ele foi o primeiro paciente a receber o transplante de coração e agora volta para casa
Após receber transplante de coração, Emerson Jaime de Lima, 37 anos, deixou a Santa Casa de Campo Grande neste sábado (9), com o desejo imenso de recomeçar. Foram quatro meses internado aguardando a cirurgia e mais um após o procedimento ser realizado. Agora, cheio de energia, ele volta para casa aliviado, pronto para a nova vida.
“Tive um infarto há quatro anos, meu coração funcionou só 17% depois 5%. Agora, tem um mês que recebi o coração novo, a sensação é tudo, de recomeço. Uma alegria imensa”, disse Emerson saindo do hospital.
A cirurgia foi realizada na manhã do dia 5 de abril. O procedimento rendeu a primeira matéria no site do Campo Grande News, contando parte da história, leia clicando aqui. O transplante mobilizou cerca de 30 profissionais do centro cirúrgico do hospital.
O coração doado era do estudante de agronomia, Leonardo Alves Lima, que faleceu após um acidente de trânsito. Foi um presente especial, que salvou a vida do paciente.
Emerson é operador de máquina e deixou a Santa Casa nesta manhã, numa cadeira de rodas, acompanhado da namorada. O retorno para casa foi marcado por emoções e sentimento de gratidão. Apesar de ter recebido alta, ele estava de máscara e tomou todas as medidas de segurança para se proteger do coronavírus. “Vou pra casa, descansar e me isolar”.
Agora, Emerson vai poder rever a família e dar aquele abraço no filho de 15 anos, que estava morrendo de saudade. O fim de semana será marcado para sempre. A partir de hoje, ele vai retomar a vida de onde parou, recomeçando aos poucos até ficar firme e forte para encarar novos desafios.
O cirurgião vascular, Dr. Carlos Barbosa, acompanhou a saída do paciente e conversou com a reportagem. O médico falou sobre a retomada do programa de transplante cardíaco da Santa Casa. “O que pretendemos é dar continuidade a isso, ininterruptamente. A ideia é sermos como outros grandes centros que realizam transplantes de alta complexidade”, destacou.
Sem o programa de transplante, fica complicado os pacientes receberem atendimentos. “É uma oferta de um procedimento de tratamento de alta complexidade e sem ele, o paciente tem que sair daqui e ir para outros estados e isso é complicado. Além de caro, também é difícil ficar longe da família”, afirmou.
A retomada do transplante de coração na Santa Casa ocorreu após sete anos e Emerson foi o primeiro a ser atendido. “Ele recebeu, depois teve mais um que conseguiu e agora tem mais três pessoas na fila de espera”, contou o médico Carlos Barbosa.
O transplante é a chance de recomeçar, de presentear alguém que está na fila de espera com a oportunidade da vida. Por isso, é importante ser um doador de órgãos e ajudar a salvar aqueles que precisam.
Curta o Lado B no Facebook e no Instagram. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.