Dono constrói rampa para cachorro Fubá não perder as fofocas da rua
Dono criou estrutura para o cachorro conseguir olhar o movimento na vizinhança e brincar à vontade
O Fubá é um cachorrinho de 1 ano e seis meses, muito especial e atento aos acontecimentos do Bairro Nova Lima. Do portão, lugar predileto da casa, ele acompanha as novidades e fica de olho nos moradores da região. O dono, Jorge da Silva, 79 anos, conhece muito bem o cachorro que cria, por isso, fez uma estrutura para ajudar Fubá a enxergar através da fresta tudo que a curiosidade permitir.
Feito de madeira, arame e forrado, o suporte tem até rampa de acesso. Pela “ponte”, Fubá sobe de forma rápida assim que vê alguma visita chegando ou ouve os outros cachorros da vizinhança latindo. De forma habilidosa, ele sobe e desce o dia todo sem cansar e quando não está “fofocando” no portão, fica brincando com as gatinhas Mimi e Chiquinha.
Quando o Lado B chegou, Jorge fez questão de abrir o portão e mostrar o lar onde cria os três animais de estimação. Com muito bom humor, ele contou sobre o Fubá. “Ele só presta para brincar, não presta para mais nada”, ri.
Antes de morar com Jorge, Fubá era um filhote que vivia na rua. O dono conta ter percebido que o animal estava abandonado, por isso, resolveu adotar. “Ele estava na rua andando pra cima, pra baixo e passando fome. Eu chamei ele de Fubá, ele veio correndo pro meu colo e tá comigo até hoje”, afirma.
Se antes o animal vivia mal, hoje, ele é tratado com muito carinho pelo dono. Para provar que cuida bem dos bichos, Jorge mostrou as casinhas de madeira e o pote de ração do cachorro e das duas gatas. “Eu quero que vocês deem uma olhada para verem que eles não estão passando fome, nem sede”, diz.
Depois de mostrar as vasilhas, Jorge revelou que ficou sabendo que algumas pessoas falaram que Fubá não estava sendo bem tratado. “Disseram que ele estava passando fome, tem tanto cachorro na rua passando fome, mas ele não”, reforça.
Sobre a estrutura que dá acesso ao portão, ele responde que não deu trabalho fazer. Jorge mal sabe explicar como teve a ideia de criá-la, mas garante que o intuito era agradar o cachorrinho e as gatas, pois elas também gostam de olhar pelo portão.
Pelo jeito serelepe e alegre de Fubá, a iniciativa deu certo. No fim da entrevista, o cachorrinho correu de novo para o portão e ficou tentando entender o significado de mais um ruído na rua. Já Jorge ficou parado fazendo carinho no cachorro e concluiu revelando o sentimento pelo amigo. “Toda vida gostei de bicho”, finaliza.
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