Encontro que reúne descendentes do fundador da cidade completa 30 anos
O domingo foi de confraternização para os descendentes do fundador de Campo Grande, José Antônio Pereira. O grupo é enorme e o encontro antigo, já na trigésima edição. Mais de 100 pessoas, entre netos, bisnetos e tetranetos, participaram da comemoração da família mais campo-grandense de todas.
Tetraneto do fundador, Nelson Pereira, de 66 anos, participa do evento desde 1987. Ele é quem fica encarregado de resumir a história de José, usando um mapa simples colado na parede. "Pra mim é um orgulho muito grande manter e reforçar essa história. Por isso, levo até as escolas detalhes do percurso que ele fez com muita luta para chegar até aqui".
Os Pereira querem que as novas gerações não percam as raízes. "Família é muito especial, por isso todo ano a gente se organiza, faz os convites e tenta de tudo para que não falte ninguém".
Além de descendentes que vivem em Mato Grosso do Sul, tem parente que vem de longe para a comemoração. "As vezes, faltam palavras. Mas essa festa é algo divino, sublime. Tem um peso enorme saber que cada uma dessas pessoas faz parte da nossa família", descreve o médico José Pereira Rosa de Souza, de 74 anos, que veio de Araruama (RJ).
Apesar da família ser grande, Nelson acredita que exista outros descendentes que desconhecidos pela cidade. Por isso, abriu mão da moda antiga, para facilitar as buscas. "Quando começamos, pedíamos que as pessoas que fossem da família Pereira nos mandassem cartinhas. Hoje usamos as redes sociais para isso. Temos um grupo no Facebook e lá vamos nos comunicando com novas pessoas".
Emocionada, Ivanir Vicencia de Souza, de 74 anos, não dispensa um abraço a cada pessoa que chega. "Papai era filho de Laucídio Pereira, que era neto do fundador. Quando conto essa ligação até me arrepia. É uma emoção muito grande saber que a gente também faz parte dessa história".
Além de ver a família crescer, a cada encontro surgem novas relações. "A gente acaba fazendo novas amizades e criando uma nova família. Tanto que, se alguém falta, eu fico muito triste", diz Ivanir.
Em um festa que sempre deu certo, o que não falta é dedicação. "Nunca tivemos dificuldade, apesar de nem sempre ser fácil convencer alguns parentes que moram fora, mas no fim tudo dá certo. E o que a gente quer é aumentar essa família".
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