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Comportamento

Funcionários montam presépio para alegrar Natal de chefe com câncer

Anderson e Denis passaram 10 dias construindo um presépio para colocar no restaurante da patroa, que faz tatamento de câncer

Lucas Mamédio | 03/12/2020 06:38
Denis, Loret e Anderson juntos ao lado do presépio (Foto: Kísie Ainoã)
Denis, Loret e Anderson juntos ao lado do presépio (Foto: Kísie Ainoã)

Uma tradição que não morre, os presépios de Natal assumem várias formas e com vários significados dependendo de quem os fazem. Em Campo Grande, dois funcionários de um restaurante no Centro montaram um presépio sozinhos para homenagear a patroa, que passa por um tratamento de câncer.

Anderson Dias e Denis Fernandes têm Loret Tawil como uma mãe. Afastada por conta do tratamento, na volta ela se deparou com um grande presépio feito à mão que tenta representar toda a trajetória do nascimento de Cristo. "Eu amei quando vi, fiquei muito emocionada mesmo", declara Loret.

Presépio reproduz as passagens bíblicas do nascimento de Jesus (Foto: Kísie Ainoã)
Presépio reproduz as passagens bíblicas do nascimento de Jesus (Foto: Kísie Ainoã)

Anderson, um dos idealizadores do presépio conta que tudo foi pensado e executado sozinho. "Demorou uns dez dias. Primeiro montamos o projeto, depois escolhemos o tamanho das casas e as formas das mesmas. por fim confeccionamos em isopor para finalizar com cimento e pintura".

Segundo o funcionários, a ideia foi reproduzir toda a narrativa bíblica. "Cada cenário foi um trecho. Montamos tudo em casa, esperamos secar e depois transportamos para a loja".

Anderson, que começou na cozinha e hoje é gerente do restaurante, conta que já monta presépios há oito anos. "Eu sou de Campo Grande, mas vivi em uma fazenda com meus pais e lá comecei essa tradição de montar presépios".

Denis e Anderson fizeram tudo sozinhos (Foto: Kísie Ainoã)
Denis e Anderson fizeram tudo sozinhos (Foto: Kísie Ainoã)
Foram usados isopor e muito cimento (Foto: Arquivo Pessoal)
Foram usados isopor e muito cimento (Foto: Arquivo Pessoal)

Sobra a relação com os patrões ele acredita que já foi superado o status de emprego apenas. "Sinto que, pelo momento, também pela pandemia, viramos uma família mesmo, onde todos se ajudam".

Para Anderson, que é cristão, o presépio é a valorização da história religiosa. "Eu não busco ser santo nem nada disso, mas busco sim levar um pedacinho do céu para cada uma dessas pessoas e construir esse presépio mostra que as pessoas podem fazer algo de diferente em casa, podem valorizar sua família e também uni-la".

O presépio de Anderson e Denis fica na rua Arthur Jorge, 760, no Centro.

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