Há 2 anos, Florenice vê filho deitado desde que depressão bateu à porta
Mãe e pai não perdem a esperança e hoje, fazem vaquinha para fazer adaptações na casa e cuidar do filho
Florenice Ramos Cordeiro, de 45 anos, é uma mãe que tem esperança em ver o filho voltar a levar uma rotina ativa e saudável. Há dois anos, Lucas vivenciou um quadro depressivo, precisou ficar internado e agora, passa os dias deitado na cama. “Ele parou de falar, andar e comer”, contou a mãe ao Lado B.
Conhecida pelo apelido de Florzinha, ela trabalha como diarista e é do ofício que obtém dinheiro para sustentar a casa e conseguir comprar os medicamentos que o rapaz precisa. “Eu pago comida, remédio, aluguel e alimentação. É tudo eu", afirma.
O esposo, Luiz Barros da Silva, 45 anos, largou o emprego de caminhoneiro para ficar em casa e cuidar do Lucas. Enquanto Florenice está no trabalho, Luiz mantém a residência em ordem e auxilia de perto as necessidades do jovem. “Eu faço diária e meu marido fica em casa com o Lucas, porque ele depende da gente pra tudo. Depois de chegar em casa, vou ajudar ele (Luiz), porque ele cansa muito”, esclarece.
Antes de precisar do cuidado dos pais, Lucas era como qualquer outro adolescente independente que aproveitava o auge dos 17 anos. Ao relembrar dessa época, a mãe reforça que o filho esbanjava saúde. “O Lucas era um menino muito inteligente, estudava, namorava, trabalhava. Nunca me deu trabalho, nunca ficava doente e nunca precisou ficar internado”, diz.
Questionada sobre o que aconteceu com ele, Florenice explica que o jovem teve algumas crises, sendo que na última, não voltou a exercer a comunicação e locomoção. “Com 17 anos, ele teve depressão, começou a ter uns surtos, foi uma quatro crises e na última, deu um bloqueio. Ele ficou quatro meses internado no Rosa Pedrossian, depois, a médica colocou a sonda de alimentação e levamos para casa. Fizemos vários exames e estão tratando como esquizofrenia”, conta.
Após acompanhar os momentos mais delicados no quadro de saúde dele, Florenice desabafa que sofreu muito. “No começo, sofri bastante, sofro até hoje”, expõe. Atualmente, ela enfatiza que tem esperança e acredita na recuperação de Lucas. “Tenho uma fé muito grande que ele vai voltar, que ele vai levantar dali. Todo dia a gente vê uma novidade nele, parece que ele tá melhorando, ele se comunica comigo e o pai através do olhar”, ressalta.
Vaquinha virtual - Com o objetivo de realizar adaptações na casa da família, ela criou uma vaquinha virtual para arrecadar três mil reais. “Estamos querendo ampliar, aumentar as portas para ele ter acesso com a cadeira de rodas à área interna e externa da casa”, fala. Florenice já ganhou os materiais necessários para a reforma de adequação, por isso, o valor da vaquinha é para custear a mão de obra. “O pedreiro que vou pagar pediu três mil reais”, afirma.
Quem quiser colaborar, o link da vaquinha é http://vaka.me/2535701.
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