Hoje com 1 a menos, carecas voltam no tempo em que preocupação era só vestibular
Quase 20 anos se passaram desde aquela tarde em que Luiz Fernando, Rafael, Gustavo, Bruno e Lúcio foram até a casa de Adriano e, entre uma conversa e outra, meteram máquina no cabelo do calouro. Os seis que aparecem fazendo pose comemoravam a aprovação no vestibular, em janeiro de 1998. Hoje, Lúcio já não compartilha mais das alegrias e ficou na fotografia de um dia que deixou saudades.
Engenheiro sanitarista, Luiz Fernando da Costa é o segundo da foto, da esquerda para a direita, e quem volta e meia recorre ao álbum "Nostalgia" do perfil pessoal no Facebook para matar as saudades. "Tínhamos todos acabados de passar no vestibular, todos com 17, 18 anos", conta Luiz, de 37 anos.
A turma começou em 1994, por coincidências de escola e amigos em comum. Luiz é primo de Rafael e estudou com Adriano no Dom Bosco. "O Rafael, Bruno, Gustavo e Lúcio estudavam no Oswaldo Tognini. Na época o Adriano saiu e foi para lá também e acabou fazendo amizade com eles", explica Luiz Fernando.
No dia da foto, cinco deles já estavam com a cabeça raspada, menos Adriano, que resistia. "Ele não queria, então fomos na casa dele, que morava próximo do meu primo Rafael, o pegamos à força e raspamos", conta o engenheiro.
A estratégia foi a conversa. O pai de Gustavo estava junto da turma que chegou à casa e pediu para que chamassem Adriano. "Estávamos com tesoura e maquininha escondidas e conversando, alguém chegou por trás e passou a maquininha no cabelo. Ele ficou bravo, mas acabou aceitando e picotamos o cabelo inteiro", descreve.
Até hoje os meninos são amigos e, em 2014, choraram no velório de Lúcio, o engenheiro civil e presidente da MSGás que morreu em um acidente de carro na BR-262. "O Adriano está com 37 e é advogado, o Rafael também com 37 e é engenheiro civil, o Gustavo é TI e vai fazer ainda 37 e o Bruno é chef de cozinha", atualiza.
A lembrança do dia surgiu um tempo atrás, compartilhada no grupo de WhatsApp que os amigos mantém. "E é uma foto que eu sempre acabo vendo, porque mostra um tempo que foi bom e infelizmente não volta mais, mas vai ficar na memória. Naquele tempo a nossa única preocupação era estudar", diz Luiz com saudades.
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