Jurando que já ‘encarou’ onça, maior orgulho de Celso é o Pantanal
Aos 61 anos, ele sonha viver a 3ª idade viajando com grupo de idosos
Apaixonado por Mato Grosso do Sul, Celso Pereira, mais conhecido como Celso Pantaneiro, sonha viver a 3ª idade viajando pelo Estado com um grupo de idosos. Orgulhoso de dizer que já “encarou” até onça, o homem se empolga falando do Pantanal e brinca que o cansaço não chega nem perto.
“Eu sou filho daqui, de Campo Grande. Me lembro de quando passava charrete do lado da Ary Coelho, nosso Estado é a coisa mais linda. Eu amo”, se declara, logo de cara. E, por ser frequentador assíduo do Centro de Convivência Vovó Ziza, a paixão por Mato Grosso do Sul se somou ao grupo de amigos que fez durante os tradicionais bailes de sexta-feira.
Há cerca de cinco anos, Celso criou um grupo para realizar viagens pelo Interior com pessoas próximas e viu seu sonho aumentando. Hoje, ele narra que o principal objetivo é garantir que a terceira idade continue aproveitando a vida, assim como ele.
Por enquanto, as viagens são para destinos como Sidrolândia, Terenos e Ribas do Rio Pardo, mas Celso detalha que o objetivo é expandir ainda mais. “Eu não quero ganhar dinheiro com isso, eu acho importante que os idosos aproveitem porque eu também sou idoso”.
Para ele, durante as viagens em grupo, memórias são ativadas e o amor por Mato Grosso do Sul só aumenta. “A gente fica feliz e eu tento sempre ter preços baixos porque só assim para as pessoas conseguirem ir também. Elas precisam ter condição”, diz.
Explicando sobre seu gosto pela valorização do Estado, Celso comenta que viveu entre a cidade e a “roça”. Por isso, as histórias ouvidas, as paisagens vistas e as amizades feitas marcaram sua vida.
Dando destaque principalmente para as histórias, ele conta sua favorita: a da onça. “Quando eu era menino, pequeno ainda, morava no meio do mato porque meu pai cuidava de fazenda. Tinha uma horta na beira do rio e ele me levou junto, mas precisou voltar para casa”, inicia.
O problema, de acordo com Celso, é que o pai o deixou na horta e só quando chegou em casa foi questionado pela esposa. “Minha mãe perguntou de mim e só aí percebeu que tinha me deixado lá. Minha mãe foi correndo atrás de mim e ela conta que quando chegou lá, a onça estava me encarando”.
Por isso, o símbolo de seu grupo de viagens é justamente a onça, além do mapa do Estado. “Eu escolhi um coração também porque nosso Estado é abençoado. As pessoas precisam valorizar mais Mato Grosso do Sul, Campo Grande, a gente tinha tudo para ser ainda mais reconhecido como a capital do Pantanal”, diz.
Outra história que faz com que ele se encante por MS é um conto de um amigo. “Eu tinha esse amigo que era muito sarrista e quando ele foi para São Paulo, pediam para ele contar histórias do Pantanal. Uma muito boa é de que ele contava que um colega foi comido por uma sucuri e, faltando respiração, lembrou que tinha um canivete e conseguiu sair de dentro. Imagine se o povo acredita”.
Com sonho de construir mais histórias, ele completa que o grupo de viagens também surgiu para isso, desenvolver memórias. Para mais informações, o contato de Celso é (67) 99194-3333.
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