Lenda fala de túnel que unia Dom Bosco e Auxiliadora para pegação
Campo-grandense resolveu jogar as lendas no Twitter e "sair correndo", mas a galera não perdoou
Nesta semana, meme compartilhado no Twitter se espalhou pelas redes sociais graças a sacada de um internauta que resolveu copiar a ideia de outro usuário, em que a imagem de um iceberg revela histórias conhecidas e até lendas que nem todo mundo tem provas, mas já passou na boca de muita gente.
É o chamado “meme do iceberg”, que não é nenhuma novidade, mas começou a se espalhar na internet por volta de 2011, com teorias e até histórias verdadeiras em tons de humor e ironias.
Foi assim que um deles resolveu fazer a versão campo-grandense. O Lado B entrou em contato com o autor do meme, que pediu que o nome dele não fosse mencionado na reportagem e nem na imagem divulgada – embora seja fácil encontrar o meme no Twitter e sua identidade.
Ok! Respeitamos o pedido do nosso entrevistado e fomos atrás de uma das lendas que mais deu “buxixo” na internet. A de que existia um túnel subterrâneo que liga o Colégio Auxiliadora e Dom Bosco.
O designer gráfico Pedro Coca, de 20 anos, estudou no Colégio Auxiliadora em 2010 e, naquela época, ouviu muito falar dessa história. “Lá tem várias, mas essa era a mais conhecida. Lembro de estar no teatro e o pessoal falar que lá havia uma portinha que dava acesso ao túnel que levava ao Dom Bosco”, conta.
Mas e o motivo do túnel existir? Bom, isso é história que foi aumentando ao longo do tempo. “Há quem diga que era para alunos se encontrarem”, diz.
Já uma antiga e ex-professora do Dom Bosco, que preferiu não ser identificada, conta que a existência do túnel, segundo a lenda, era para que “freiras e padres pudessem se encontrar para a pegação”.
É claro que ninguém nunca encontrou o tal túnel, mas história dá o que falar até hoje. “O pessoal fica curioso. Eu sei, minha irmã falava dessas histórias, alunos diziam de pais e avós de alunos sabiam disso e todo mundo comentava”, destaca Pedro.
Mas as teorias legendadas com humor no famoso meme do iceberg não se resumem ao suposto túnel da luxúria entre religiosos ou alunos.
A ponta do iceberg traz mensagens que é do conhecimento de muita gente, como o Lago do Amor, a Avenida Afonso Pena e estátua do “Manuel de Barros”, sim, o nome de um dos poetas mais famosos do mundo foi escrito errado no meme. Mas tudo bem, é a tal “liberdade poética” do Twitter.
Depois vem lendas que são histórias reais e que já ganharam destaque na mídia diversas vezes, como o Maníaco da Cruz, preso há mais de 13 anos, depois de uma série de assassinatos em Rio Brilhante, município de Mato Grosso do Sul.
Preso ainda adolescente, em 2008, ele nunca foi solto por ser considerado serial killer inapto ao convívio social.
Nem o Campo Grande News escapou das profundezas do iceberg, o autor lembra-se da festa do corotinho, que deu o que falar em 2019. O evento realizado na Avenida Planalto foi regado à bebida alcoólica e maconha para os festeiros menores de idade. .
Tem ainda a “Curva do Viado”, que existe até hoje, onde a galera se encontra no Parque dos Poderes para uma transa rápida e até troca de casais.
Tão profundo quanto o túnel das escolas, está no iceberg a história da Bruxa da Sapolândia. Essa sim marcou Campo Grande e está na boca do povo até hoje. Já virou livro e até inspiração para música de banda de rock.
Célia de Souza, a mulher conhecida como "Bruxa da Sapolândia" assombrou milhares de moradores na década de 1960.
Os arquivos revelam que a história dela começa em 11 de janeiro de 1969, com a denúncia de quatro crianças que foram mortas por espancamento, fome, maus-tratos e rituais de “saravá”. Das vítimas, três foram enterradas nos quintais de duas residências.
A polícia foi à casa de Célia e, no quintal, ela indicou onde estavam enterrados duas crianças, um menino e uma menina: Jesus Aparecido Larson, que morreu em agosto de 1967, e Dirce Silva, falecida em maio de 1967. A retirada dos corpos, sepultados em covas rasas, foi acompanhada pela imprensa, que eternizou em fotos a mulher agachada ao lado de um caixão e fumando cigarro.
Mais de quatro décadas depois, a história sobrevive na base do boca a boca e até hoje, a residência em Campo Grande atrai curiosos.
E aí, qual outra lenda de Campo Grande você acha que deveria estar no meme do iceberg? Mande para o Lado B no Direto das Ruas (67) 99669-9563 (clique aqui).
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