Longe de rivalidade, Klevsa foi viver “amor de Facebook” na Argentina
“Eu encontrei na Argentina o que me faltava no Brasil”, ela conta sobre namoro à distância que virou casamento
“É engraçado, sempre falo que essa rivalidade é o que nos une e nos completa. Encontrei na Argentina o que me faltava no Brasil”. Há 5 anos, Klevsa Rhaicy Ferreira de Arruda foi encontrada por Milciades Ramon da Silva no Facebook e, superando tanto a "rivalidade" entre os países quanto o medo do relacionamento à distância, decidiu viver o amor na nação vizinha.
Auxiliar de cozinha, hoje Klevsa vive em San Antonio e brinca que nunca imaginou que encontraria seu parceiro em outro país, ainda mais na Argentina. Assim como ela, Milciades diz que o relacionamento surgiu de modo inesperado, mas que hoje os dois se divertem pensando sobre como tudo começou.
Com as memórias intactas, a sul-mato-grossense explica que morava em Rio Verde quando recebeu uma solicitação de amizade na rede social. “Apesar de toda a tecnologia, fazia só dois meses que eu tinha criado meu Facebook. Não sabia muito bem como lidar. Deu uma insegurança porque pensei ser fake”.
Mesmo assim, ela aceitou a solicitação e foi a primeira a enviar mensagem. “Começamos a conversar e, quando fui dormir, sonhei que ele estava em um caminhão e passava pela minha cidade. Pensei ‘nossa, como pode a gente sonhar com uma pessoa que nem conhece’”.
Depois de sonhar com o argentino, todos os passos seguintes do relacionamento foram evoluindo muito rapidamente. Klevsa narra que depois de três dias já começaram a namorar à distância e, antes de se conhecerem pessoalmente, Milciades foi até adicionado ao grupo da família.
Seis meses depois, o argentino foi para Rio Verde e ficou por lá durante pouco mais de um mês. “Ele voltou para a Argentina e dois meses depois eu fui para San Antonio conhecer a cidade e a família dele. Estou aqui até hoje. Eu tinha muito medo quando a gente começou a conversar porque vemos muitas histórias de relacionamentos à distância que não terminam bem, mas hoje nós temos uma família”.
Sabendo que realmente poderia ter havido algum perigo, a auxiliar detalha que decidiu tomar coragem conforme o tempo foi passando e a confiança realmente se desenvolveu. “Começamos a se falar todos os dias por ligação normal e ele foi conquistando minha confiança até que um dia me surpreendeu com uma chamada de vídeo. Demorei para atender porque fui pentear o cabelo primeiro, desde então não paramos mais”, conta.
Já sobre a mudança de país, Klevsa brinca que nunca pensou em deixar o amor pelo Brasil de lado. “Cada um defende sua bandeira, seu futebol. Ele não abre mão de um bom chimarrão e eu, pantaneira, não abro mão do meu rico tereré”.
Assim como a esposa, Milciades conta que a rivalidade entre os dois sempre existiu de um jeito muito saudável, na base das brincadeiras. “Sempre tem e é até bom, mas acho sempre que as raízes plantadas sempre são mantidas. Gosto de ver elas sempre preocupadas com seu país. Aproveito para tirar uma casquinha, mas elas também não perdem oportunidade”.
Mesmo morando em sua cidade natal, o argentino diz que nunca deixou de lado a possibilidade de se mudarem para o Brasil. Mas, independente do lugar em que moram, ele completa que ter conseguido uma família é o que importa.
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