Loucura do isolamento fez Niu comer até feijão com creme de leite
Após 26 anos a vontade não passou e ela aproveitou o isolamento em casa para finalmente realizar o desejo de quando estava grávida
Que o isolamento deixa a gente doida e com poucas opções de coisas para fazer isso é fato. Tem muitas pessoas tentando de tudo para dar um “up” no astral da casa e por isso o Lado B quer saber: Qual sua maior loucura nessa quarentena? Da Niura Montelvão foi comer feijão com creme de leite.
“Sabe quando você tem de comer uma coisa, mas não sabe o que é? E que nem sabe se tem em casa? Então, misturei o que tinha e nasceu o estrogonofe de feijão”, conta ela rindo da invenção.
Mais conhecida como Niu, ela é fotojornalista, tem 40 anos e relata que resolveu fazer o prato, um tanto peculiar, para realizar uma vontade que teve durante a gravidez, há 26 anos. “Quando estava grávida, tive dois desejos. Um foi comer paçoquinha de bar no meio do pão, que comi e outro foi o feijão com creme de leite, mas na época, não consegui o creme de leite”.
Os anos se passaram e o “estrogonofe de feijão” ficou de lado, mas a quarentena fez acender algumas vontades antigas. “Fico o tempo todo sozinha, acho que o isolamento despertou várias lembranças. Fiquei 30 dias corridos trancada”.
Ficar presa dentro de casa atiça a ansiedade e, para ela que tem asma, fica ainda mais difícil controlar os ânimos. Por isso, nada melhor que tentar se distrair e, foi na cozinha que, Niu encontrou uma válvula de escape para desestressar.
Sem desculpas, ela encarou o fogão e fez feijão temperado e acrescentou o creme de leite depois. Após ficar pronto, Niu saboreou o prato, mas afirma que é meio complicado explicar o gosto. “É mais cremoso e com sabor diferente, mas difícil descrever”.
Essa também foi uma forma de fazer o feijão entrar mais no cardápio. “Tenho dificuldade de comer feijão, sempre misturo alguma coisa. Sou louca por creme de leite, como com banana, Toddy. O creme de leite sempre tenho em casa”.
Niu relata que o creme traz recordações de sua infância. “Quando chegamos em Campo Grande, minha mãe foi trabalhar como empregada em uma casa. As coisas demoraram para se ajeitar pra nós. Um dia, fui almoçar lá e ela fez strogonoff. Comi aquela comida maravilhosa, mas, por muito tempo, não sabia explicar como era o sabor que causava aquela sensação. Até que descobri que era o creme de leite e desde então amo”.
Além do estrogonofe de feijão, Niu também tem aproveitado para se aventurar em fazer pratos típicos de Senegal. “Tenho contato com os senegaleses, então aprendi na internet e fiz”.
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