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Comportamento

Mesmo com toda dificuldade, Papai Noel distribui balas no semáforo

Gladyson tem problemas de fala e limitações nos movimentos, mas segue ganhando a vida, agora como Papai Noel

Ângela Kempfer e Geniffer Rafaela | 01/12/2021 17:30
Gladyson agora vende água como Papai Noel. (Foto: Paulo Francis)
Gladyson agora vende água como Papai Noel. (Foto: Paulo Francis)

Mesmo sob sol de rachar, o vendedor de água já famoso na região da Avenida Ministro João Arinos este ano resolveu inovar. O produto continua a R$ 2,00 desde 2019, mas pela primeira vez, Gladyson de Oliveira, de 48 anos, resolveu virar Papai Noel. E conseguiu chamar atenção dos motoristas.

“Não tá fácil pra ninguém. Até Papai Noel vendendo água para sobreviver?”, comentou o veterinário Maurício Santana, depois de pegar uma balinha distribuída de graça pelo bom velhinho. De longe ele fotografou e postou a cena nas redes sociais.

Para esse Papai Noel, realmente, a vida nunca foi fácil. Há 8 anos ele vende água no mesmo ponto, com muita dificuldade. Aos 7 anos, quando ainda morava em Ribas do Rio Pardo, ele caiu de um carro em movimento, teve traumatismo craniano, o que gerou uma lesão no cérebro deixando sequelas como dificuldade na fala e nos movimentos.

Marmanjo também ganha bala do Papai Noel. (Foto: Paulo Francis)
Marmanjo também ganha bala do Papai Noel. (Foto: Paulo Francis)

Mas ele segue firme ganhando a vida e tentando melhorar.

“Ho!Ho!Ho! Feliz Natal!", é a frase dita ao caminhar entre os carros, ouvir buzinas e receber os acenos dos motoristas que passam pelo local.

Na verdade, ele diz que a ideia foi atrair a atenção das crianças e, de quebra, vender a água aos pais. Mesmo assim, qualquer retribuição em forma de sorriso vale, garante ele.

Mas também tem um plano de marketing aí: "Os adultos eu já tenho como clientes, mas também quero conquistar as crianças para ir fidelizando a clientela enquanto elas crescem", explica

Gladyson já teve a história contada aqui no Lado B. Nasceu no Paraná e chegou por aqui, em 1974, no antigo Mato Grosso. Em Campo Grande diz que "já foi até engraxate".

Mesmo com novo personagem nas ruas, ele continua com a rotina de chegar às 6h30 e só voltar para casa depois das 16h. Mas normalmente diz que só consegue ficar fantasiado pela manhã, porque as tardes são muito mais quentes.

Gladyson entre os carros na Avenida Ministro João Arinos. (Foto: Paulo Francis)
Gladyson entre os carros na Avenida Ministro João Arinos. (Foto: Paulo Francis)


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