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Comportamento

Movimento quer garantir visibilidade de pessoas trans e não-binárias

Coletivo criou o “Fluidroom”, evento na Plataforma Cultural para destacar o potencial desse grupo

Por Aletheya Alves | 08/10/2023 07:55
Fluidroom é evento que destaca visibilidade de pessoas trans e não-binárias. (Foto: Juliano Almeida)
Fluidroom é evento que destaca visibilidade de pessoas trans e não-binárias. (Foto: Juliano Almeida)

Levando arte para a Plataforma Cultural, o Fluidroom é um novo evento criado e composto por pessoas transexuais e não-binárias. Focando na discotecagem, o grupo quer mostrar que é necessário garantir visibilidade e dar espaço para esse público.

Compondo a organização do coletivo, August Gucci explica que a ideia surgiu entre amigas. “Somos artistas e a ideia foi de fazer um evento que fosse voltado para discotecagem e que tivesse a cena Balroom, que tem ficado forte em Campo Grande. Nós temos várias festas na cidade, mas ainda não existe esse destaque para as pessoas trans e não-binárias”.

Com isso em mente, August detalha que o processo foi de realizar algumas oficinas desde o início do ano e, a partir delas, a vontade de ir para espaços públicos aumentou. “Nós começamos a pensar que a gente precisava fomentar nossa cena também no sentido de empregabilidade. Queremos pagar quem vier tocar, queremos dar esse apoio”, diz.

August narra que tudo começou entre amigas e com oficinas de discotecagem. (Foto: Juliano Almeida)
August narra que tudo começou entre amigas e com oficinas de discotecagem. (Foto: Juliano Almeida)
Gabriela detalha que o objetivo é fazer a cena se tornar cada vez maior na cidade. (Foto: Juliano Almeida)
Gabriela detalha que o objetivo é fazer a cena se tornar cada vez maior na cidade. (Foto: Juliano Almeida)

Também na organização, a multiartista Gabriela Mancini destaca que Campo Grande ainda precisa evoluir muito quando se fala do público LGBTQIA+.

“Acredito que esse rolê inteiro já é um ato político, a gente sempre está dentro desses atos. Ainda há muita dificuldade para conseguir movimentar a cena porque Campo Grande é uma cidade ruralista, uma cidade machista, difícil de conquistarmos com arte”, diz Gabriela.

Especificamente sobre o que é levado para o Fluidroom, Gabriela comenta que através da discotecagem, as discussões são postas. “Nós estamos participando de editais, movimentando entre nós, queremos fazer cursos para capacitar outras pessoas e aumentar essa questão de mostrar nossa história para termos cada vez mais voz na cidade”.

Neste sábado (7), o evento chegou à sua segunda edição, mas conforme a organização, a ideia é que o movimento se torne mensal. De acordo com August, alguns ajustes ainda têm sido feitos, como conseguir reservar o espaço da Plataforma Cultural.

Outro ponto é que o grupo ainda não possui nenhum apoio de custo, então a luta também é por arrecadação de recursos. “Nós estamos atrás, estamos tentando ver como nos organizarmos porque queremos aumentar cada vez mais a possibilidade de pessoas participarem no sentido de empregabilidade mesmo”.

Para acompanhar as próximas edições do evento, o perfil no Instagram é @fluidroom.

Confira a galeria de imagens:

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