Não é lenda: cachorrinha Pisquila foi mesmo comida por jacaré do lago
Pisquila foi abocanhada quando pulou no lago para brincar com uma capivara
Após o Lado B mencionar em reportagem na manhã de hoje (25), a lenda de um cachorrinho que teria virado comida de jacaré no Lago do Amor, os donos do animal apareceram para contar a história inesquecível de Pisquila, que partiu aos três anos de vida, vítima das garras do “Croco” do lago – apelido dado ao animal nas redes sociais, depois que um homem foi atacado neste fim de semana.
A história não é lenda, a cachorrinha foi atacada pelo jacaré na tarde de 23 de janeiro de 2016. Pisquila costumava passear com seus donos, o casal de médicos veterinários Daniele Bier e Fernando de Almeida Borges.
Mas se engana quem pensa que o casal passeava com o cachorro no lago. Naquela tarde, Pisquila foi passear com os donos ao lado da piscina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e se divertiu por um bom tempo, mas a dona conta que “ela não podia ver uma capivara que já tentava brincar”.
“Ela era muito atentada e corria atrás da capivara. Neste dia fatídico, as capivaras entraram num buraco que havia na cerca e ela foi atrás. Neste momento, eu também corri atrás dela e, de repente, só escutei o barulho dela entrando na água”, conta Daniele ao Lado B.
Pisquila até nadou por alguns segundos na tentativa de alcançar a capivara e quando percebeu que não teria brincadeira, decidiu retornar para a beira do lago. Daniela a chamava insistentemente, mas foi derrotada pelo jacaré. “Ela estava vindo, quando deu um grito e afundou”.
No ímpeto de salvar o animal de estimação, o médico veterinário não pensou duas vezes e pulou no lago atrás da cachorrinha, mas não a alcançou.
Naquela mesma semana, entre choro pela perda de Pisquila e revolta pelo buraco que havia sido feito na cerca pelas próprias pessoas que frequentavam o local, o casal retornou diversas vezes ao lago na esperança de encontrar a cachorrinha na beira. “Tinha esperança de resgatá-la viva”, lembra.
O episódio triste ficou marcado para sempre no coração do casal e até da cachorra Pulguinha, que é mais nova, e ficou entristecida durante uma semana, sem dar chance para brincadeiras após o episódio.
Daniele lembra que Pisquila era energética e igualmente carinhosa. Chegou à vida deles em 2013, quando se mudaram para uma residência nova. “Naquela época, não tínhamos filhos, o que faltava para a vida do casal era uma cachorrinha e assim adotamos a Pisquila, depois veio a Pulguinha”.
Apesar de Pisquila não estar mais presente, ela é lembrada com muito carinho. Diante da aparência, amigos do casal até comparam a cachorrinha campo-grandense com a famosa Estopinha, vira-lata que nos últimos anos virou “cachorrinha propaganda” de comportamento animal e produtos veterinários.
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