Nove meses vendendo bombom no sinal valeram casamento dos sonhos
Eles namoraram durante 7 anos, começaram tímidos vendendo nos semáforos e, a partir daí, tudo começou a mudar
No meio do ano passado, a história contada pelo Lado B era de um casal que vendia bombons em semáforos e feiras de Campo Grande, na tentativa de bancar uma festa incrível de casamento. Agora, a reportagem é sobre o “final feliz”, com duas surpresas ao longo do caminho.
Débora Amaral da Cunha e Amarandes Rodrigues Oliveira Júnior hoje são marido e mulher. Mas foram 7 anos de namoro até ela perder a paciência e determinar: agora é tudo ou nada. “Ficamos noivos, mas eu não queria um casamento simples. Queria do jeito que eu sempre sonhei. Por ele, nem teria nada, mas ele topou para realizar o meu desejo”, explica.
Que fofo! Apesar dele mesmo admitir “enrolei ela 7 anos”, mas o cara pagou o preço. Ao contrário do que até a noiva pensava, Amarandes foi o que mais chorou. A primeira boa surpresa nessa história.. “Eu cheguei lá no lugar da festa de chinelão e bermuda. Quando vi que estava tudo perfeito eu me emocionei na hora”, conta. E seguiu chorando até a noiva subir ao altar e dizer sim.
“Marcamos primeiro o casamento no civil e foi quando eu mais me emocionei e ele parecia nem estar ligando. Mas no dia da festa... foi o que mais chorou”, diz Débora.
No dia 8 de novembro, os dois assinaram os papéis no cartório e, no dia 10, a festa reuniu 150 convidados na Estância das Orquídeas, com menu exatamente na preferência dos noivos e um vestido que também foi uma surpresa das boas.
“Eu queria vestido de uma grife específica. A Florenza. Mas quando cheguei lá tinha só 2 mil reais e nenhum modelo que custasse menos de R$ 3 mil. Quando a proprietária, Tânia, soube da nossa história dos bombons, ela disse que por causa disso eu poderia escolher qualquer um pelo valor que eu tinha e escolhi um maravilhoso. Também ganhei véu e coroa”, lembra Débora.
Para o noivo, os 9 meses vendendo bombons foi pra lá de cansativo. Mas já no primeiro dia ele viu que ia dar certo, apesar das piadinhas nos semáforos. “Tinha gente que mandava ele fugir e outros que falavam que não iam comprar justamente porque ele estava cometendo o maior erro da vida dele. Por fim, muita gente ajudou e arrecadamos 10 mil”, conta Débora.
O dinheiro ainda era insuficiente para contratar todos os profissionais que Débora escolhia vendo no Instagram. Até que a vida dos dois começou a ajudar, diz Débora, que é técnica em Enfermagem. “Ele arrumou um emprego melhor e eu também fui contratada no Hospital Regional”.
O valor que faltava para fechar a conta foi chegando salário a salário e todas as contas foram pagas antes da cerimônia. “Mas eu nunca teria realizado o sonho dela se não tivesse começado com os bombons. Naquela época, o meu salário de professor era muito baixo. Mas tudo começou a melhorar e no dia que casamos no cartório recebemos a chave da nossa casa própria. No fim, foi tudo muito além do que a gente imaginava”, diz Amarandes.
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