ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 20º

Comportamento

Nove meses vendendo bombom no sinal valeram casamento dos sonhos

Eles namoraram durante 7 anos, começaram tímidos vendendo nos semáforos e, a partir daí, tudo começou a mudar

Ângela Kempfer | 18/11/2022 09:49
Beijo do sim, depois da cerimônia na Estância das Orquídeas. (Foto: Ricardo Gomes)
Beijo do sim, depois da cerimônia na Estância das Orquídeas. (Foto: Ricardo Gomes)

No meio do ano passado, a história contada pelo Lado B era de um casal que vendia bombons em semáforos e feiras de Campo Grande, na tentativa de bancar uma festa incrível de casamento. Agora, a reportagem é sobre o “final feliz”, com duas surpresas ao longo do caminho.

Débora Amaral da Cunha e Amarandes Rodrigues Oliveira Júnior hoje são marido e mulher. Mas foram 7 anos de namoro até ela perder a paciência e determinar: agora é tudo ou nada. “Ficamos noivos, mas eu não queria um casamento simples. Queria do jeito que eu sempre sonhei. Por ele, nem teria nada, mas ele topou para realizar o meu desejo”, explica.

Que fofo! Apesar dele mesmo admitir “enrolei ela 7 anos”, mas o cara pagou o preço. Ao contrário do que até a noiva pensava, Amarandes foi o que mais chorou. A primeira boa surpresa nessa história.. “Eu cheguei lá no lugar da festa de chinelão e bermuda. Quando vi que estava tudo perfeito eu me emocionei na hora”, conta. E seguiu chorando até a noiva subir ao altar e dizer sim.

Os dois vendendo bombons em julho do ano passado. (Foto: Arquivo)
Os dois vendendo bombons em julho do ano passado. (Foto: Arquivo)

“Marcamos primeiro o casamento no civil e foi quando eu mais me emocionei e ele parecia nem estar ligando. Mas no dia da festa... foi o que mais chorou”, diz Débora.

No dia 8 de novembro, os dois assinaram os papéis no cartório e, no dia 10, a festa reuniu 150 convidados na Estância das Orquídeas, com menu exatamente na preferência dos noivos e um vestido que também foi uma surpresa das boas.

“Eu queria vestido de uma grife específica. A Florenza. Mas quando cheguei lá tinha só 2 mil reais e nenhum modelo que custasse menos de R$ 3 mil. Quando a proprietária, Tânia, soube da nossa história dos bombons, ela disse que por causa disso eu poderia escolher qualquer um pelo valor que eu tinha e escolhi um maravilhoso. Também ganhei véu e coroa”, lembra Débora.

Para o noivo, os 9 meses vendendo bombons foi pra lá de cansativo. Mas já no primeiro dia ele viu que ia dar certo, apesar das piadinhas nos semáforos. “Tinha gente que mandava ele fugir e outros que falavam que não iam comprar justamente porque ele estava cometendo o maior erro da vida dele. Por fim, muita gente ajudou e arrecadamos 10 mil”, conta Débora.

O casal segura o enfeite do topo do bolo. (Foto: Ricardo Gomes)
O casal segura o enfeite do topo do bolo. (Foto: Ricardo Gomes)

O dinheiro ainda era insuficiente para contratar todos os profissionais que Débora escolhia vendo no Instagram. Até que a vida dos dois começou a ajudar, diz Débora, que é técnica em Enfermagem. “Ele arrumou um emprego melhor e eu também fui contratada no Hospital Regional”.

O valor que faltava para fechar a conta foi chegando salário a salário e todas as contas foram pagas antes da cerimônia. “Mas eu nunca teria realizado o sonho dela se não tivesse começado com os bombons. Naquela época, o meu salário de professor era muito baixo. Mas tudo começou a melhorar e no dia que casamos no cartório recebemos a chave da nossa casa própria. No fim, foi tudo muito além do que a gente imaginava”, diz Amarandes.

Débora com o vestido perfeito que ela escolheu. (Foto: Ricardo Gomes)
Débora com o vestido perfeito que ela escolheu. (Foto: Ricardo Gomes)

Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).

Nos siga no Google Notícias