Plantação de abobrinha no quintal é lembrança de amor pela roça
De plantas até legumes, Lázara não abre mão de ter um pouco da área rural por perto
“Quem é criado na roça não consegue abandonar, faz parte da gente”. Com plantas e vegetais espalhados por todo o quintal, Lázara da Silva nunca conseguiu deixar de lado o gosto pela zona rural. Por isso, mesmo morando na cidade, quis manter ao menos um pouco de verde em casa.
Mais do que distribuir alguns vasos de flores pelo espaço, a moradora do Taveirópolis cultiva até abobrinha há anos. E, garantindo que tudo fique do jeito que ela gosta, a plantação se tornou parte do lar.
Seja em meio às abobrinhas ou ao lado das cebolinhas, cada detalhe da casa é visto por Lázara como parte importante do seu dia. “Eu não acho que dá trabalho, gosto porque me ocupo e faço de tudo”.
Orgulhosa da pequena horta, ela comenta que aprendeu tudo desde pequena e sempre quis aplicar no lar. Nascida no interior de São Paulo, Lázara conta que levou um tempo até chegar a Campo Grande, mas que se apaixonou pela cidade e, conseguindo trazer os cultivos, permaneceu.
Unindo a possibilidade de manter os gostos em ação e querendo seguir com a família, Mato Grosso do Sul se tornou seu terceiro lar.
“Eu sempre fiquei na roça e morei um bom tempo no Paraná. Conheci meu marido em São Paulo e ele também gostava disso tudo. Depois a gente veio para cá e construímos nossa vida, ele sempre foi meu amor”, conta Lázara.
Enquanto o marido, Gerson, era vivo, os dois também viveram parte da vida na área rural, como Lázara conta. “Tenho foto dessa época até hoje, eu com as crianças pequenas na roça em São Paulo. Tem mais de 20 anos que ele faleceu, mas eu continuei morando aqui na nossa casa”.
Caso Gerson estivesse vivo, os dois completariam 62 anos de casamento neste ano e, garantindo que cada história continua presente, Lázara comenta que nunca pensou em realmente deixar tudo para trás.
Por cerca de dois anos, ela até tentou se mudar para um apartamento, mas a vontade de voltar para o lar em que construiu a família foi maior. “Aqui eu cuido das minhas coisas, tenho minhas plantas, me faz bem”.
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