Querendo matar por onde passava, Cangarana pôs até Periquito na lista
História é uma das mais antigas registradas nos livros do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul
Com seus pouco mais de 40 mil habitantes, Paranaíba guarda algumas das histórias mais antigas registradas no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Entre elas está a de Cangarana, um homem que lá em 1861 queria matar por onde passava.
Integrando os processos históricos do Estado, o caso “Paranaíba Criminal” fala muito sobre a época. Neste ano, a cidade comemora os 150 da instalação da comarca e, quando o tal Cangarana foi denunciado, Paranaíba havia sido criado enquanto município há poucos anos (em 1857).
Datada de 1861, a história é de que Antônio Joaquim, o Cangarana, foi denunciado por uma série de crimes com descrições curiosas. O primeiro ponto era de que em maio daquele ano, um “miserável” chamado Joaquim Periquito estava em um local distante chamado Tamanduá.
Por lá, Cangarana tentou assassinar Periquito com dois tiros de espingardas, sem muitas explicações.
No mês seguinte, em junho, foi a vez de tentar assassinar outro homem chamado João Roiz com uma garrucha.
“O denunciado já é acostumado a cometer assassinatos em qualquer parte por onde tem andado”, descreve o texto do processo.
Com tantas ocorrências, o juiz condenou Cangarana e determinou que fosse registrado na lista de culpados. Na época, também foi responsabilizado a pagar as custas do processo.
Paranaíba na história
Apesar de ser uma cidade pequena, Paranaíba tem longa importância histórica. Exemplo disso é a instalação do TJMS por lá (feita em 1874).
Neste mês, o Tribunal terá uma série de comemorações para celebrar o aniversário de 150 anos.
Em resumo sobre a importância do município aos olhos da Justiça, o município tinha cerca de 800 habitantes na época da comarca, segundo o Tribunal de Justiça.
“Mais distante geograficamente, a cidade também teve um papel importante na Guerra do Paraguai, entre 1864 e 1870, servindo como rota de apoio logístico para a fuga dos civis envolvidos nesse conflito”, descreve o TJMS.
Por estar em um local estratégico, servia como refúgio para quem se distanciava da guerra e parte dos suprimentos enviados para a frente da campanha também passaram pela então Santana.
Comemorações
No dia 18 de outubro, o fórum da cidade terá programação durante todo o dia com instalação de totem de mármore em celebração, placas comemorativas serão fixadas e um selo também será lançado.
Um livro específico sobre a comarca também será lançado. Já às 16h, haverá uma sessão solene na Loja Maçônica Recanto Hospitaleiro. Mais informações sobre a programação completa podem ser acompanhadas no site tjms.jus.br.
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