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Comportamento

Sanches tem nome de coveiro e vê enterro há uma década em cemitério

Mascote do cemitério Santo Amaro, Sanches chegou filhote ao local e agora curte velhice entre os túmulos

Por Jéssica Fernandes | 05/10/2023 06:42
Mascote do cemitério Santo Amaro, Sanches vive há mais de 10 anos no local. (Foto: Jéssica Fernandes)
Mascote do cemitério Santo Amaro, Sanches vive há mais de 10 anos no local. (Foto: Jéssica Fernandes)

Morando no cemitério Santo Amaro há mais de 10 anos, o vira-lata Sanches vive entre os túmulos do lugar onde tem mais de um dono. O nome dele, inclusive, faz referência ao sobrenome de um dos coveiros mais antigos do cemitério.

A história de Sanches é contada por mais de uma pessoa que trabalha no local. As datas de chegada dele não são exatas, pois tem quem diga que ele está há 15 anos no cemitério, enquanto outros falam 14, 13 anos. O certo é que Sanches já está há mais de uma década acompanhando enterros e tirando um cochilo quando convém.

Lindinalva Costa Bezerra, que cuida da limpeza do espaço, é quem fala sobre uma parte da história do vira-lata. “O que todo mundo sabe é que ele veio para cá pequeninho. O seu Rosalino achou ele aqui dentro e cuidava dele. Diz o paraguaio que ele veio para um sepultamento e ficou perdido aqui”, conta.

Sanches dormindo em um dos túmulos do cemitério Santo Amaro. (Foto: Jéssica Fernandes)
Sanches dormindo em um dos túmulos do cemitério Santo Amaro. (Foto: Jéssica Fernandes)

Devido a questões de saúde, o funcionário está afastado dos serviços no cemitério. Mesmo a distância, a história dele permanece ligada a do cachorro, que carrega seu sobrenome. “Inclusive ele se chama Sanches por causa do seu Rosalino. É um paraguaio que trabalhou muitos anos aqui”, diz.

Quem deu o nome de Sanches ao Sanches é Anderson da Silva. Ele era amigo e trabalhou com o coveiro, que recebeu essa homenagem. “Aguentei aquele velho por dez anos”, brinca. Anderson tem uma outra versão sobre a chegada do cachorro ao cemitério. “Na verdade abandonaram, soltaram ele ali e fomos cuidando. Tem uns 13 anos, eu tenho 15 anos aqui”, explica.

Responsável pelo sepultamento, Anderson era frequentemente acompanhado pelo cachorro nesses momentos. Devido a velhice e por estar com uma das patas machucadas, Sanches anda mais sossegado. “De vez em quando ele acompanha”, declara o funcionário.

Sanches com o funcionário Anderson, que escolheu o nome do cachorro. (Foto: Jéssica Fernandes)
Sanches com o funcionário Anderson, que escolheu o nome do cachorro. (Foto: Jéssica Fernandes)

Mesmo vivendo dias mais calmos, o cachorro vez ou outra segue Lindinalva no cemitério enquanto ela faz a limpeza dos túmulos. Sanches cuida dela e ela cuida dele de volta, assim como os demais empregados do cemitério Santo Amaro. “Toda vida ele morou aqui, tinha uma doutora que cuidava dele. O Sanches foi castrado. Todo mundo cuida dele aqui, dá ração, água”, afirma.

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