Ser mãe beira o sacro, mas a verdade é: dentro de nós, mora o bem e o mal
Assim como tudo na vida, na maternidade tudo depende da medida. Ninguém é 100% oito ou 100% oitenta. Os recortes do cotidiano, sejam bons ou ruins, tiveram medidas que antecederam àquele fragmento de realidade.
Antes de um ataque de fúria por algo bobo, certamente o dia foi abastecido de coisas sérias, chatas, estressantes. Antes de um ataque de amor, pelo mesmo motivo bobo, com certeza ocorreram coisas leves, felizes, ternas.
Na ponta do lápis, nós temos rotina que teoricamente repete todo dia a mesma coisa, mas, por exemplo, por aqui quando entro no quarto para fazer Maria dormir e ela enrola um pouco mais, perco a paciência às vezes.
A pressiono, falo algo mais ríspido mesmo sabendo que em alguns minutos ela vai adormecer. Em outros dias sou praticamente uma monja!
Canto mais musiquinhas, digo que a amo, a embalo como se aquilo fosse o melhor momento do mundo e me questiono o porquê de em outras ocasiões perder a paciência com ela.
Se é tudo sempre igual, por que me comporto tão diferente? Depois de tempos percebi que é isso: o que antecedeu aquele momento? Como foi o dia? Então percebo que na vida a equação é mais complicada do que na teoria e ordem dos fatores altera completamente o resultado.
Jéssica Benitez é jornalista, mãe do Caetano e da Maria Cecília e aspirante a escritora no @eeunemqueriasermae
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