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Comportamento

Tia Cegonha oficial, obstetra querida tem seu 1º Dia das Mães como avó

Dorinha é uma das obstetras mais queridas da cidade. Responsável por transformar tantas mulheres em mães, ela quem assina o texto.

Paula Maciulevicius Brasil | 10/05/2020 07:23

Um sorriso e um abraço acolhedor. Um amor no toque, na obstetrícia e nas palavras. Dorinha carrega o título de "Tia Cegonha oficial de Campo Grande". Foi através mãos dela que tantas mulheres e filhos comemoram o dia de hoje. Neste domingo, o Dia das Mães de Maria Auxiliadora Budib é ainda mais especial, a mãe do Henrique, também médico, é hoje mãe duas vezes de Enrico, seu primeiro neto, além de ser mãe das mães de tantos bebês campo-grandenses.

O texto abaixo é dela, e através da poesia de Dorinha, o Mãe também reclama estende os parabéns a todas as mães.

Os braços que já deram tantos colos para mães e filhos, agora acolhe Enrico, neto de Dorinha. (Foto: Arquivo Pessoal)
Os braços que já deram tantos colos para mães e filhos, agora acolhe Enrico, neto de Dorinha. (Foto: Arquivo Pessoal)

A vida não recua, não se retarda no ontem.  Khalil Gibran presenteou nos com estas sábias palavras e a vida me presenteou com Enrico . Sem perceber vinte cinco anos separam meus dois amores e , neste dia das mães , posso dizer da gratidão à vida.

Desde minha mais antiga memória eu recordo o quanto a maternidade era para mim dom sagrado. Meu lado materno sempre esteve neste movimento pela família da minha mãe .  Minha avó materna dizia que filho era um amor para todo o sempre e até o último piscar dos olhos , uma mãe veria seu filho como seu maior patrimônio e herança divina.

Henrique chegou eu era médica residente em obstetrícia e ginecologia . Pude viver , em sua gestação,  o que uma mulher sentia e temia durante esse ciclo de vida. Eu me enxergava em cada parturiente e o bebê em meu útero já trazia inúmeras lições .  Com Henrique nasceu em mim a leoa, nasceu também meu melhor amigo (pedindo desculpas aos meus amigos , rsrs). Aprendi mais com meu filho do que em livros . Aprendo todo dia com ele.  Henrique representa o que há de mais doce em meu coração. 

Não ofereci a ele uma educação rígida em hierarquia . Sempre quis que me respeitasse pela pessoa que sou e respeitasse todo ser vivo , todos que cruzassem seu caminho. Nas decisões que uma mãe precisava tomar sem consultar seu filho, sempre me projetava no que eu  gostaria que minha mãe fizesse comigo. A cartilha foi o coração .

Agora, 25 anos depois de Henrique, nasce meu outro grande amor, o Enrico.

Por coincidências , eu digo mais que seja Deus, Larissa escolheu o nome que minha mãe chamava o Henrique : Enrico.

Maior riqueza que podemos ter . 

No dia do seu nascimento, prematuro, estávamos em São Paulo e Larissa deu à luz sem estar acompanhada do marido e da vovó Cegonha.

Tudo passava dentro do meu coração : esse bebezinho quis vir antes , por que ? E vi que chegou no dia da mulher . Sorri e já profetizei que ele será um homem que saberá o valor do feminino e de sua força.

Ser avó é muito mais que ser mãe com açúcar . Ser avó é o registro imperioso do tempo a dizer que a vida segue e que nossas sementes sempre trazem um pouco do semeador.

Tenho hoje mais uma filha, a Larissa. Ela tem sido uma mãe encantadora e generosa.

Enrico é doçura na vida dos seus bisavós também .  Todos os dias compartilhamos a benção de cada sorriso deste bebê.

Gratidão ao Senhor da Vida!

“Tudo que por ti vi florescer de mim

Senhor da vida

Toda essa alegria que espalhei e que senti

Trago hoje aqui

Todos estes frutos que aqui juntos vês

Senhor da vida

Eu em cada um deles e em mim

Todos teus fiéis, ponho a teus pés. “. ( Caetano Veloso)

Maria Auxiliadora Budib
Mãe do Henrique
Mãe duas vezes do Enrico e mãe das mães de tantos bebês campo grandenses.

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