Tia Cegonha oficial, obstetra querida tem seu 1º Dia das Mães como avó
Dorinha é uma das obstetras mais queridas da cidade. Responsável por transformar tantas mulheres em mães, ela quem assina o texto.
Um sorriso e um abraço acolhedor. Um amor no toque, na obstetrícia e nas palavras. Dorinha carrega o título de "Tia Cegonha oficial de Campo Grande". Foi através mãos dela que tantas mulheres e filhos comemoram o dia de hoje. Neste domingo, o Dia das Mães de Maria Auxiliadora Budib é ainda mais especial, a mãe do Henrique, também médico, é hoje mãe duas vezes de Enrico, seu primeiro neto, além de ser mãe das mães de tantos bebês campo-grandenses.
O texto abaixo é dela, e através da poesia de Dorinha, o Mãe também reclama estende os parabéns a todas as mães.
A vida não recua, não se retarda no ontem. Khalil Gibran presenteou nos com estas sábias palavras e a vida me presenteou com Enrico . Sem perceber vinte cinco anos separam meus dois amores e , neste dia das mães , posso dizer da gratidão à vida.
Desde minha mais antiga memória eu recordo o quanto a maternidade era para mim dom sagrado. Meu lado materno sempre esteve neste movimento pela família da minha mãe . Minha avó materna dizia que filho era um amor para todo o sempre e até o último piscar dos olhos , uma mãe veria seu filho como seu maior patrimônio e herança divina.
Henrique chegou eu era médica residente em obstetrícia e ginecologia . Pude viver , em sua gestação, o que uma mulher sentia e temia durante esse ciclo de vida. Eu me enxergava em cada parturiente e o bebê em meu útero já trazia inúmeras lições . Com Henrique nasceu em mim a leoa, nasceu também meu melhor amigo (pedindo desculpas aos meus amigos , rsrs). Aprendi mais com meu filho do que em livros . Aprendo todo dia com ele. Henrique representa o que há de mais doce em meu coração.
Não ofereci a ele uma educação rígida em hierarquia . Sempre quis que me respeitasse pela pessoa que sou e respeitasse todo ser vivo , todos que cruzassem seu caminho. Nas decisões que uma mãe precisava tomar sem consultar seu filho, sempre me projetava no que eu gostaria que minha mãe fizesse comigo. A cartilha foi o coração .
Agora, 25 anos depois de Henrique, nasce meu outro grande amor, o Enrico.
Por coincidências , eu digo mais que seja Deus, Larissa escolheu o nome que minha mãe chamava o Henrique : Enrico.
Maior riqueza que podemos ter .
No dia do seu nascimento, prematuro, estávamos em São Paulo e Larissa deu à luz sem estar acompanhada do marido e da vovó Cegonha.
Tudo passava dentro do meu coração : esse bebezinho quis vir antes , por que ? E vi que chegou no dia da mulher . Sorri e já profetizei que ele será um homem que saberá o valor do feminino e de sua força.
Ser avó é muito mais que ser mãe com açúcar . Ser avó é o registro imperioso do tempo a dizer que a vida segue e que nossas sementes sempre trazem um pouco do semeador.
Tenho hoje mais uma filha, a Larissa. Ela tem sido uma mãe encantadora e generosa.
Enrico é doçura na vida dos seus bisavós também . Todos os dias compartilhamos a benção de cada sorriso deste bebê.
Gratidão ao Senhor da Vida!
“Tudo que por ti vi florescer de mim
Senhor da vida
Toda essa alegria que espalhei e que senti
Trago hoje aqui
Todos estes frutos que aqui juntos vês
Senhor da vida
Eu em cada um deles e em mim
Todos teus fiéis, ponho a teus pés. “. ( Caetano Veloso)
Maria Auxiliadora Budib
Mãe do Henrique
Mãe duas vezes do Enrico e mãe das mães de tantos bebês campo grandenses.