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Comportamento

Time de ciclistas são “olhos” que Gabriel ganhou para disputar prova

Aos 15 anos, Gabriel é uma pessoa com deficiência visual que vai participar de uma competição de ciclismo

Jéssica Fernandes | 18/07/2023 07:36
Da esquerda para direita, Magali Varela, Léia, Gabriel e voluntários. (Foto: Arquivo pessoal)
Da esquerda para direita, Magali Varela, Léia, Gabriel e voluntários. (Foto: Arquivo pessoal)

Um grupo de ciclistas de Campo Grande se uniu para proporcionar uma experiência diferente ao judoca Gabriel Ferreira Rodrigues, de 15 anos, que é deficiente visual. No sábado (21), o jovem e a turma de voluntários estarão em Bandeirantes participando de uma competição de ciclismo.

Magali Varela, de 42 anos, será a guia do jovem durante o trajeto. Ela conta que o conheceu durante um passeio realizado com o Ismac (Instituto Sul-Mato-grossense para Cegos Florivaldo Vargas) e ficou admirada com a independência dele.

“Eu vi que ele tinha preparação, chamei ele para fazer essa vivência e ele topou. Eu como mãe de criança com deficiência e a mãe dele começamos a conversar. O objetivo da família quando tem uma pessoa com deficiência é dar independência. O Gabriel é bem independente, judoca, viaja o mundo inteiro. Fiquei muito encantada com a história dele”, fala.

Além da guia, outras pessoas estão envolvidas na missão de levar Gabriel à competição. Os organizadores do evento, o Ismac, empresas e voluntários estão unidos para cumprir o trajeto com o atleta. O Ismac, por exemplo, emprestou a bicicleta adaptada para a realização da prova.

Nesta semana, a equipe realiza um treinamento na cidade para chegar com tudo na prova. “Eu e Gabriel andamos algumas vezes, mas na quarta de manhã vamos fazer um reconhecimento numa estrada de terra para prática de comando e voz”, explica Magali.

Léia Ferreira Rodrigues, de 43 anos, estará de perto na torcida pelo filho. A mobilização dos ciclistas, segundo ela, é algo maravilhoso. “Para mim é fantástico saber que tem aí uma galera que tem vontade de fazer a inclusão e não vê na deficiência um limite para isso acontecer”, afirma.

Como mãe, ela conta que faz o possível para que o jovem tenha experiências como essa. “O que eu puder proporcionar para o meu filho eu estou lutando para isso, esses momentos são mágicos é o que dá autonomia e confiança para ele”, destaca.

Sobre a competição, Léia relata que o atleta está bem animado. “É um menino que gosta de desafio e essa experiência para ele vai ser bem desafiadora. Ele está muito ansioso”, conclui.

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