Trança feita para paciente não ficar descabelada na UTI emociona filhas
Cabelo da mãe foi trançado pelos profissionais de saúde que acompanhavam sua recuperação; gesto de carinho surpreendeu a todos
Pequenos detalhes sem dúvidas fazem a diferença em qualquer situação de nossas vidas. Mas nos últimos meses, eles ocupam uma relevância especial na relação entre medo e esperança para quem tem um familiar hospitalizado.
Na manhã de ontem (27), uma família começou o dia emocionada com um desses gestos. Após 26 dias internada na UTI do Hospital Cassems Campo Grande, dona Maria Leontina, 75 anos, finalmente foi para o quarto.
Ao chegar para ver a mãe, uma das filhas enviou fotos e vídeos no grupo da família, foi quando alguns perceberam que ela voltou com o cabelo trançado, gesto delicado dos profissionais da saúde para que ela não ficasse descabelada na UTI.
Maria passou mal em casa na madrugada do 1° de janeiro e permaneceu na UTI até o dia 26 de janeiro. Nesse tempo todo, por causa da pandemia, as visitas estavam suspensas e o único contato que a família tinha era via boletim e algumas conversas com os médicos.
Não viram a mãe nem por vídeo chamada. O setor de psicologia do hospital até tentou fazer ligações, mas nos momentos possíveis dona Maria estava dormindo e ninguém quis incomodá-la.
Ontem, quando as filhas puderam visitá-la, o reencontro foi tímido. Sentiam medo de emocionar muito a mãe. Ela ainda com os olhinhos perdidos ensaiou mandar “bitocas” para as filhas. E o cabelo trançado seguiu emocionando.
Para a filha e jornalista Marta Ferreira, de 48 anos, o gesto simples mostrou mais uma vez que há profissionais dedicados. “A gente achou um gesto carinhoso, de pessoas que estão trabalhando muito, de pessoas que às vezes estão trabalhando em dois lugares, mas são muito dedicadas, principalmente de profissionais que atuam na UTI”.
Apesar de ser um ambiente que lida com quadros graves de saúde, muitas vezes com tristezas, gestos simples como esse realmente fazem um carinho na família que está sensível, acredita Marta.
“Não víamos minha mãe desde o Ano Novo. Chegar e ver esse cuidado é reconfortante, aquece o coração da família e nos ajuda a passar por isso com menos sofrimento, sabendo que existe uma equipe dedicada e preocupada em tratar o paciente bem, com detalhes pequenos, mas significativos”, finaliza.
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