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Consumo

Família não descansa e em 2 anos consegue abrir 6 brechós em MS

Selecionando e lavando muita roupa durante a semana, Raquel, uma das sócias, garante lojas cheias toda semana

Thailla Torres | 24/05/2021 08:16
Raquel, uma das sócias, é quem não abre mão de ver as peças todas organizadas. (Foto: Thailla Torres)
Raquel, uma das sócias, é quem não abre mão de ver as peças todas organizadas. (Foto: Thailla Torres)

Quem compra em brechó sabe que há muito tempo o espaço deixou de ser abarrotado de peças com mal cheiro ou coisa velha. Nos últimos anos o setor se reinventou e donos têm buscado um ambiente com cara de loja de roupa, mas preenchida com peças de preços bem camaradas. Com essa visão que uma família já conseguiu abrir seis brechós, sendo 4 em Campo Grande e 2 no interior do estado.

A psicóloga Raquel Abrahão Barros, de 35 anos, é uma das sócias do Big Brechó, empresa familiar que cresceu em dois anos e já tem planos de abrir mais duas unidades.

Foi até difícil encontrar a Raquel para uma entrevista, isso porque ela divide o tempo com os atendimentos, o estoque e a lavagem das peças para que todas as roupas cheguem às araras com cheiro de roupa limpa. “É quase a semana toda lavando roupa”, ri.

Loja tem botas de diferentes modelos e cores. (Foto: Thailla Torres)
Loja tem botas de diferentes modelos e cores. (Foto: Thailla Torres)
Sandalia nova da Arezzo. (Foto: Thailla Torres)
Sandalia nova da Arezzo. (Foto: Thailla Torres)

As peças chegam de São Paulo, em lotes fechados, em que os donos nunca sabem o que de fato tem de bom para ser aproveitado. Na maioria, Raquel diz que as peças chegam intactas, mas ela procura fazer uma seleção minuciosa para que modelinhos mais atrativos agradem a freguesia. Isso porque, segundo ela, “de uns 5 anos pra cá brechó caiu mesmo no gosto da população”, diz. “Não só por causa da crise, mas também pela conscientização cada vez maior sobre o desperdício”, afirma.

E foi isso que motivou a família a abrir o brechó “no susto”. O primeiro negócio foi no Nova Lima. “Digo que é o melhor bairro para se empreender, com um povo receptivo e fiel”, diz. “De lá fomos ganhando o coração da galera da galera na cidade e no interior”.

Hoje a família tem loja no Nova Lima, Santa Emília, Avenida Tamandaré e Parati. Além de uma loja em Ribas do Rio Pardo e outra em Água Clara.

Tem vestidos de festa por R$ 80,00. (Foto: Thailla Torres)
Tem vestidos de festa por R$ 80,00. (Foto: Thailla Torres)

Encontramos Raquel durante atendimento na loja da Tamandaré, que fica ao lado de sua residência. Enquanto organiza as peças, a dona mostra a variedade de modelos e preços. “Tem peças a partir de R$ 1,00”, afirma.

Tem blusinhas de R$ 10,00, saias de R$ 20,00, calças de R$ 30,00 e até vestidos de festa com pedrarias intactas por R$ 80,00. Uma das peças mais caras da loja é sobretudo da Prada a R$ 350,00.

Tem uma variedade de calçados, especialmente botas para quem deseja sapatos para aproveitar o frio. Todos bem higienizados por Raquel. Há inclusive peças novas da Arezzo.

“Nós sentimos que precisávamos quebrar o tabu que existia sobre os brechós. Queríamos fazer algo diferente, com lojas arrumadas, climatizadas e atendimento bom, como se os clientes fossem numa loja de roupas novas”, afirma.

Mas o carro-chefe das vendas são as peças de grife. “Os clientes buscam muitas camisetas de marcas conhecidas e vestidos. Então a gente tenta trabalhar ao máximo com essas peças”.

O segredo para o sucesso e abertura de seis lojas em apenas dois anos Raquel revela. “É muito trabalho e dedicação. A gente não descansa um minuto”, diz.

Para conferir todos os endereços do dos brechós clique aqui.

O que chama a atenção é a organização do brechó. (Foto: Thailla Torres)
O que chama a atenção é a organização do brechó. (Foto: Thailla Torres)

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