Shopping sorteia de carro a apartamento, mas consumidor quer descontos
O Natal deste ano em Campo Grande sorteia até apartamento na briga pelo consumidor durante a principal data do ano para o comércio.
Pelas vitrines de shoppings e na região central da cidade propagandas anunciam também sorteio de carros zero quilômetro e motos.
No Shopping Norte Sul Plaza, R$ 200,00 em compras rendem um cupom para o sorteio no dia 26 de dezembro de um apartamento na região da Mascarenhas de Moraes.
O imóvel tem 50 metros quadrados em prédio com 4 apartamento. São 2 quartos. Avaliado em R$ 90 mil, a casa própria também é acompanhada por um vale compras de R$ 10 mil, na loja Etna, para garantir parte da decoração.
“Pensamos em algo grande porque, além da data importante, é o primeiro Natal do shopping na cidade”, explica a gerente de Marketing do Norte Sul Plaza, Daniela Masson.
Em um mês e meio, já são 6 mil cupons na urna, a espera do sorteio no Norte Sul Plaza.
Mas os prêmios não empolgam todo mundo, no final das contas o consumidor quer mesmo é descontos.
“Se tiver de me arriscar em um sorteio, ou pagar mais barato, prefiro pagar barato”, resume Atila de Barros, de 22 anos, com a filha Agata no colo.
No Shopping Campo Grande, o prêmio é menor, mas a exigência ao consumidor aumenta. Para concorrer a Peugeot 408, é preciso fazer compras de, no mínimo, R$ 300,00.
“Tem anos que eu nem troco os cupons, não ligo porque não tenho sorte. Eu compro em shopping porque é confortável. Imagine enfrentar o calor no centro em época de Natal, é insuportável”, comenta a servidora pública Andréa Silveira.
A comerciante Malina Belin, com a filha Duda de 4 anos, também prefere comodidade do shopping. "Prêmio é o de menos".
No Shopping Pátio Central, só é preciso gastar R$ 50,00 e consumir um produto da Coca-Cola para participar do sorteio de um Fiat Punto. A promoção começa só no dia 1º de dezembro.
Também no Centro, a loja de jeans na 14 de Julho vai sortear uma moto Honda Fan, também para quem comprar mais de R$ 200,00. Mas apesar do banner na vitrine, a maioria dos clientes fica sabendo só na hora de pagar. “A maioria fica surpresa ao saber que tem direito ao cupom”,lembra a vendedora Luani Moti, de 18 anos.
Passeando pelo centro com a família, longe das premiações dos shoppings, o vigilante Teotônio Trindade, de 43 anos diz que com tantas pessoas para dar presentes, o que vale é o preço. “Primeiro porque para participar a gente tem de consumir um valor alto, são 200 reais. Se me oferecerem um desconto bom, largo mão de participar de sorteio”.
Por enquanto, o que há nas vitrines é apenas a possibilidade de parcelamento, em até 10 vezes em alguns casos, mas não se vê nada sobre bons descontos à vista.
