João fez tenda inspirada na umbanda e vendeu até o “capiroto” na folia
Bebidas são comuns, mas inspiradas em entidades da religião e chamaram atenção na Esplanada

No meio do Carnaval, até Capiroto virou drink. O altar de umbanda feito pelo psicólogo João Vilela chamou atenção com bebidas inspiradas em entidades da religião de matriz africana. Kit Marafo, Mulambo e Marabô viraram copos de vodka, cachaça e whisky.
A estranheza das pessoas não assustou João, que montou a tenda para reformar o terreiro. Inclusive, as bebidas são comuns; o que chama a atenção são os nomes.
Quem quiser conhecer pode provar o drink Caipiroto Mirim por R$ 15. Ele é feito com Velho Barreiro ou vodka, açúcar e limão. Já o Kit Marafo é vendido a R$ 15 e vem com vodka, energético e gelo. O Kit Marabô sai por R$ 20, e sua lista de ingredientes inclui whisky, energético e gelo. Por último, o Kit Mulambo, vendido a R$ 15, tem como base a cachaça e acompanha energético e gelo.
“Ainda existe muito preconceito. Tem gente que acha muito legal e tem gente que passa longe, como quem fala ‘cruz credo’, mas estamos acostumados. Infelizmente, sabemos que o racismo religioso existe. Somos conhecidos como a tenda de umbanda mais inclusiva do estado.”
Com o nome Mojubar, ele explica como conseguiu fazer parte da turma que vende neste ano. “Conseguimos estar aqui pelo sorteio. Fizemos o curso de manipulação de alimentos e fomos sorteados com duas barracas aqui”.
O umbandista acrescenta que altar tem caveiras simbolizando a passagem pela terra e velas vermelhas que fazem parte do lado esquerdo da religião .
“Na mesa temos a ninfa Maria Padilha do Oriente que é a dona da casa. Ela que cuida de toda linha da esquerda, quem não sabe é a linha que as pessoas tem mais contato. A linha da direita é mais dos caboclos, preto velho, boiadeiros já a da esquerda são exus e pombas giras. Tem todo esse tabu das caveiras e mortes,mas pra gente aqui é só uma passagem, então isso é normal”. Essa é a primeira vez que João consegue estar no Carnaval. Para ele as expectativas são grandes.
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.
Confira a galeria de imagens: