Arraiá que começou no quintal virou festa tradicional no bairro há 13 anos
Festa é herança de Deuza Franco Vernochi e Hélio Alschefsky, que deixaram sua alegria em vida como legado
Arraial de família que começou no quintal da casa de parentes de Antonio Luiz Melgar Flores, o ‘Bugão’, 59, há 13 anos atrás, acabou se tornando tradição e festa bastante aguardada no Bairro Nossa Senhora das Graças, em Campo Grande. Com bastante comida servida à vontade, bastante forró e decoração típica junina, a festa teve sua 10º edição na noite deste sábado (13).
Intitulado “Arraiá dus Amigus’, Bugão explica que a festa é uma herança do casal Deuza Franco Vernochi e Hélio Alschefsky, já falecidos, mas que em vida eram bastante animados, e deixaram esse legado para seus descendentes seguirem adiante.
Bugão ainda faz questão de citar os nomes de todos os membros da família que são responsáveis de passar o legado do casal adiante, e fazer a festa acontecer: Carla, Gabriela, Reginalva, Geovanne, Rory, Geisha, Bruna, Fernanda, Mayra, Maria Eduarda, André Luis e Lucas são a turma por trás da organização.
Cada um tem sua função, desde cuidar dos alimentos até a fazer a decoração da festa, já que é tudo cem por cento organizado pela família. Gabriela, por exemplo, é uma das responsáveis pela parte da culinária, enquanto Bugão e Rory organizam a feijoada meses antes, para arrecadar o dinheiro da festa.
Na festa é servido arroz carreteiro, milho, caldos, pipocas, cachorro quente, bolo, quentão e para animar, tem até música ao vivo. Todo o espaço é decorado com bandeirinhas, para entrar no clima da festa junina. Lá dentro, se paga apenas a bebida consumida no local.
Bugão relembra que os almoços de domingos na casa de Deuza e Hélio eram bem movimentados, com direito a truco e jogos de vôlei. A ideia da festa surgiu em um desses encontros, porque muitos membros da família, incluindo Deuza e Hélio, faziam aniversário em junho, então para não precisarem ficar fazendo uma festa atrás da outra, eles criaram a tradição de juntar todos os aniversariantes e comemorar em uma festa só.
A primeira edição foi feita no quintal da casa de uma das filhas de Deuza e Hélio, e cada membro da família ficou responsável por levar um prato típico de comida. Bugão detalha que foi tudo bastante simples, mas preparado com carinho.
“Enfeitamos a garagem da casa com direito a barracas, pescaria e até banheiro químico, isso por dois anos seguidos. Porém como a participação de amigos e família foi aumentando, o espaço começou a ficar pequeno para receber todos. Foi um convidando o outro, e resumindo, de 30 pessoas, passou pra 80”, relata.
Foi então que em 2013 Bugão e Rory tiveram a ideia de montar uma “comissão” para expandir e organizar a festa. Para conseguir bancar tudo, começaram a fazer até feijoada beneficente para arrecadar fundos e fazer uma festa maior, já que toda a comida servida é livre para comer à vontade.
Bugão conta que a festa perdeu três edições, por conta da pandemia, mas voltaram firmes e fortes para a alegria do bairro, que já estava cobrando o arraial. “Eu fico até emocionado de falar, mas o pessoal sempre faz bastante comentário, dizendo que ta tudo top, maravilhoso, e cobrando a festa acontecer”.
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