Boate em imóvel tombado na Esplanada Ferroviária abre as portas em fevereiro

A casa pacata na rua Calógeras,na Esplanada Ferroviária, vai ganhar todo movimento de balada em 2014. Com previsão de abertura entre o final de janeiro e início de fevereiro, o prédio tombado como patrimônio histórico vai abrigar no terreno do fundo a boate ‘On Eleven’.
O investimento é da terra mesmo, um dos sócios é o empresário, dono da Cachaçaria Brasil, Fábio Bertoni, de 36 anos, que trouxe como inspiração as casas noturnas do Rio de Janeiro.
“Eu vejo na Lapa aquele monte de bar, restaurante e boate que são patrimônios históricos. A ideia é essa, dar uma função a esses patrimônios aqui”, compara.
O complexo foi escolhido depois de uma conversa com o dono do imóvel, há aproximadamente dois anos. De lá para cá a burocracia pautou o processo. Como se trata de uma obra tombada era preciso autorização e avaliação do projeto por parte dos órgãos municipal, estadual e federal.
“Na última semana eles se reuniram e mostraram interesse, devem estar liberando para a gente montar, 80% da boate já está pronta”, explica Fábio.
A proposta é misturar a modernidade de uma casa noturna com o patrimônio histórico da região, trazido pelos trilhos do trem da Noroeste Brasil. A boate em si está instalada ao fundo da casa da fachada do terreno, que numa segunda etapa, será transformada em restaurante.
“O pessoal vai entrar e olhar o conjunto e enxergar na casa antiga o patrimônio histórico”, descreve o empresário.
O nome ‘On Eleven’ é uma homenagem a uma casa noturna de São Paulo que fechou há muitos anos, considerada uma referência no ramo. A boate vem com a ideia de ser eclética, com dois ambientes que vão oferecer DJ e bandas de pop rock ao vivo. “Ela vai conseguir abranger vários públicos. Vamos ter camarotes individuais e coletivos e vai funcionar dois dias na semana, na sexta DJ com lounge, house e música eletrônica e no sábado, o DJ e o segundo ambiente”, conta.
O trabalho das cores foi em cima das indicações do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Para não fugir dos tons originais das construções do complexo, foram usadas cores pastosas como caramelo, bege e branco.
A distância entre a boate e a casa tombada tem aproximadamente um metro. Além dos dois ambientes, o espaço vai oferecer fumódromo em área especial, para que o público não precise sair da balada para fumar.
Com capacidade para 300 pessoas, Fabio comenta que o preço de entrada vai estar dentro da média das demais casas noturnas de Campo Grande. “Eu não tenho isso de elitizar, quero que todo mundo vá e se divirta”, finaliza.