Capital ganha linha direta até Assunção e roteiro cheio de atrações
Morador de Assunção dá dicas de lugares para visitar e fala que dinheiro vivo vale mais que cartão de crédito
Anda cansado do clima de Campo Grande? Que tal descobrir o que Assunção tem de bom? Desde a semana passada, há linha direta entre as duas cidades. E para mostrar o existe do outro lado da fronteira, o Lado B conversou com um morador que indicou todos os lugares que valem a pena ser conhecidos.
Por R$ 140, você compra a passagem de ônibus e sai da Rodoviária de Campo Grande direto para Assunção. Sem paradas em outras cidades brasileiras, o ônibus que faz a conexão entre os dois países sai diariamente às 16h da Capital. O transporte é feito pela Cruzeiro do Sul, em parceria com a Cometa do Amambay Turismo. O serviço é de semileito, em veículo de dois andares, e o trajeto tem 12 horas, o mesmo tempo entre Campo Grande e São Paulo, por exemplo.
Mas antes de fazer as malas e seguir para a rodoviária, é preciso seguir alguns protocolos antes. Para embarcar no ônibus, é solicitada a carteira de vacinação e o passageiro tem que estar imunizado contra a febre amarela e ter tomado as três doses de vacina contra a covid-19. A passagem só está disponível para compra diretamente na agência da rodoviária, sendo que no dia, dá para garantir a de ida e volta.
Depois disso, é só seguir viagem e aproveitar algumas das dicas que o Samuel Castro passou para o Lado B. O professor de Educação Física mora há sete anos na capital do país e fala sobre as possibilidades de turismo. "Aqui tem coisas para fazer tanto para turismo familiar quanto para noturno”, garante.
O primeiro alerta que o morador faz é para que os viajantes se preparem para tirar dinheiro do bolso ou da carteira, pois no país, o cartão de crédito não é uma forma de pagamento aceita em diversos pontos. “Traga dinheiro vivo e em espécie, porque aqui, não pega a questão do cartão igual no Brasil. Chega aqui, troca o dinheiro numa casa de câmbio e fica com ele na reserva para comer, se locomover ou comprar alguma lembrancinha”, explica.
Em relação às hospedagens, Samuel comenta que a cidade é bem servida na questão dos hostels e hotéis de luxo. “A partir de R$ 80 e R$ 90 a diária, você tem já tem uma hospedagem boa. Aí é desse valor para cima, tudo depende da qualidade, do serviço e a localização”, diz.
Por serem legalizados no país, os cassinos são uma das opções de turismo. Os principais da cidade são: Casino Assunción; Casino Guarani; Casino Vicant e Slots de Sol. Se você é do tipo que gosta de conhecer os pontos históricos dos lugares, Samuel fala quais são os museus mais importantes. “Tem os museus onde estão as coisas da Guerra do Paraguai e do Chaco. Também tem a Casa da Independência. Tudo no centro histórico de Assunção”, pontua.
A culinária é diversificada, por isso, existem restaurantes com propostas diferentes. “Você tem vários restaurantes tradicionais e de época”, afirma. Javorai; La Cabrera; La Vienessa; Bolsi, La Esquina e Maurice de Talleyrand são alguns. Já para o turismo noturno, Samuel cita alguns bares e baladas movimentados da cidade. "Tem bar para quem gosta de música, só quer comer, ficar de boa e pub. O Paseo Carmelitas é uma galeria e lá tem vários bares. Inclusive, tem um bar brasileiro chamado Capitão. O shopping galeria é um dos mais badalados do momento”, conta.
Samuel cita mais locais que podem ser visitados devido à beleza e importância cultural. “A Loma San Jerónimo tem uma escadaria e um mirante bem bonito e esse é um bairro muito tradicional daqui. Tem a Costanera, que fica na beira do Rio Paraguai, que é tipo um parque, o Panteão dos Heróis e o Cerro Lambaré que é uma montanha”, fala.
Para finalizar as indicações, o professor de Educação Física expõe que dá para viajar para outras cidades próximas de Assunção. “Tem o turismo interno, que são cidades a trinta, quarenta, sessenta quilômetros da capital e que são muito bonitas. Por exemplo, San Bernardino, Caacupé e Pirayú. Tem turistas que fazem esse bate volta”, explica.
No final da entrevista, Samuel frisa que vale atravessar a fronteira, visitar o Paraguai não só para fazer compras e ter a experiência de conhecer outra galera. “As pessoas vão para Pedro Juan Caballero, compram no Shopping China, voltam e ficam com essa imagem que o Paraguai só serve para comprar, mas aqui tem muitas coisas que valem a pena. Quando a gente sai do país, por mais que seja do outro lado da fronteira, a gente abre a cabeça, vê, aprende a se virar e se relaciona com pessoas novas”, conclui.
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