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Diversão

Cidade submersa é aventura de mergulhadores na divisa com SP

Esporte é praticado no Rio Paraná, região de Aparecida do Taboado e Rubinéia

Por Aletheya Alves | 27/09/2023 07:03
Mergulhadores de Mato Grosso do Sul e do todo o País se aventuram por cidade submersa. (Foto: Divulgação/Tubarões 7 Mares)
Mergulhadores de Mato Grosso do Sul e do todo o País se aventuram por cidade submersa. (Foto: Divulgação/Tubarões 7 Mares)

A 460 quilômetros de Campo Grande, mergulhadores de todo o País se aventuram pelo Rio Paraná na divisa com Mato Grosso do Sul. Na região de Aparecida do Taboado, a cidade paulista de Rubinéia possui estruturas submersas e chama atenção de quem resolve cruzar a separação entre os dois estados.

Apesar de possuir bons cenários para a prática de mergulho, MS ainda está engatinhando no sentido de popularizar o esporte por aqui. Mas, ainda assim, grupos experientes já aproveitam as estruturas para fazer treinamentos e roteiros de viagens.

Quem explica sobre esse cenário é o mergulhador e empresário Thales Barizon, que pratica o esporte com grupos em todo o País, incluindo Mato Grosso do Sul, há 20 anos. Especificamente sobre Rubinéia, Thales narra que a região de Porto Taboado se conecta com a história da cidade submersa.

Em 1967, a cidade do interior de São Paulo recebeu a notícia de que seria inundada pelas águas da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira. Ao todo, um terço do território seria “perdido”.

Tijolos da antiga cidade ainda são encontrados durante mergulhos. (Foto: Arquivo/TV Tem)
Tijolos da antiga cidade ainda são encontrados durante mergulhos. (Foto: Arquivo/TV Tem)
Estruturas de concreto seguem submersas até hoje em Rubinéia. (Foto: Arquivo/TV Tem)
Estruturas de concreto seguem submersas até hoje em Rubinéia. (Foto: Arquivo/TV Tem)

Dois anos depois, casas, bares, hotéis e cinemas começaram a ser desapropriados e, em 1973, o Rio Paraná começa a subir para encobrir o espaço. Thales explica que ainda hoje há estruturas visíveis na região e, por se tratar de um ambiente complexo, a prática do mergulho é feita por pessoas mais experientes.

“Nós já mergulhamos bastante por ali e Rubinéia é específica justamente por ter essas estruturas submersas. Você encontra até casas em determinados pontos”, diz Thales.

Em relação à necessidade de possuir experiência, o mergulhador comenta que existe um nível de certificação necessário para conhecer o cenário. “Em um dos mergulhos, usamos até cabo submerso de três quilômetros abaixo d’água. É um cenário que usamos como treinamento”.

Além da curiosidade histórica, ele detalha que mergulhadores que desejam ir, por exemplo, para o mar, costumam fazer seus treinamentos em áreas como a divisa entre Mato Grosso do Sul e São Paulo.

“Quando vamos para o mar, muitas vezes não temos condição de treinar por conta da instabilidade. Nesses casos de usinas, como é Rubinéia, não temos as ondas, por exemplo, e conseguimos fazer esse treinamento e depois seguir para o mar”, detalha o mergulhador.

Sobre as estruturas encontradas, Thales comenta que, em geral, os mergulhadores mais experientes chegam até a região buscando por um novo tipo de adrenalina.

Mas, além da cidade submersa de Rubinéia, o mergulhador garante que Mato Grosso do Sul possui cenários para quem está começando. “Estamos tentando trazer esse esporte para quem é iniciante e nunca mergulhou. Bonito fica muito em alta, mas não é a única opção”.

Citando a região de Três Lagoas, o profissional pontua que parcerias entre os setores públicos e privados estão sendo desenvolvidas para que MS entre ainda mais na rota do mergulho.

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