Conhecida por muvuca, Valley volta como bar e promete cumprir regras
Casa noturna e bar sertanejo fechou 15 dias antes do decreto da prefeitura e vai reabrir um mês depois do permitido
Depois de três meses fechada por conta da pandemia do novo coronavirus, a Valley de Campo Grande anunciou que vai reabrir nesta quarta-feira (10). O anúncio foi feito pelas redes sociais.
Ao Lado B, o dono do estabelecimento, Sérgio Longo Filho, disse que sentiu que era hora porque conseguiu treinar bem sua equipe. “Nós fechamos 15 dias antes do decreto da prefeitura e já podíamos estar abertos há pelo menos um mês. Estamos abrindo agora porque deu tempo para que todos fizessem curso de biossegurança”.
Segundo Sérgio, eles vão atender apenas com pouco mais de 30% da capacidade total, que é metade do que determinou o decreto da prefeitura, que permitia até 60% da capacidade máxima.
“Nosso alvará permite até 900 pessoas, vamos trabalhar com o máximo de 300”.
Além disso, todos terão de estar sentados nas mesas, que terão 2 metros de distanciamento. Serão apenas seis pessoas por mesa. “Assim que os clientes chegarem, um funcionário vai levá-los à mesa e dar as orientações. Ninguém vai poder ficar de pé, caso isso aconteça, vamos reforçar a orientação”.
Ainda segundo o dono, todos os funcionários passaram por treinamento e vão utilizar equipamentos de segurança, como máscara e luva. O salão terá 30 pontos com dispensers com álcool em gel para higienização.
“Uma novidade que temos na Valley é a implantação da luz UVC que tem que muitos estudos apontam que matam o vírus”, diz Sérgio.
Por ser casa de show e bar mais conhecida da Capital, o anúncio causou alvoroço nas redes sociais. “Valeyooou meninas, mas com tranquilidade”, disse uma das frequentadoras no post.
Outra completou que “coração até acelerou. Muito feliz. Que voltem com toda força e fé”. Já frequentadores mais conscientes levantaram preocupação. “Quero ver manter isso quando estiver todo mundo bêbado”.
Para Sério Longo, a volta é necessária para sobrevivência da casa e, consequentemente, emprego dos funcionários. “São quase 70 pessoas que dependem diretamente da gente, era agora ou nunca”.
Ainda no mês de março, poucos dias antes dos primeiros decretos em relação à pandemia, a Valley levantou alvoroço na cidade depois que a acadêmica de Administração Thayany Silva teve o diagnóstico da covid-19. Um dos primeiros casos da Capital, ela havia ido a uma festa da turma de Medicina Veterinária da UCDB na casa, que fechou as portas por conta disso e teve de submeter os funcionários a exames.
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