De Mad Max à Venenosa, por onde andam os ex-brothers de MS?
Em 21 edições, o Big Brother Brasil lançou na fama apenas quatro participantes de MS – e o Lado B conversou com cada um deles
A edição 2021 do BBB – que estreia na noite de hoje (25) pela TV Globo – já está com todos os 20 participantes escalados. Pelo quarto ano seguido, nenhum deles vai "representar" Mato Grosso do Sul na competição pelo prêmio de R$ 1,5 milhão. O último, porém, foi Ilmar "Mamão" Fonseca (BBB 17), que morava aqui na Capital.
Em todos esses anos, foram apenas quatro ex-brothers de MS que ganharam seus "15 minutinhos" de fama quando puseram os pés e seus rostinhos na casa mais vigiada do Brasil. E agora – mais do que nunca – o Lado B quer saber: por onde é que andam?
Dilsinho Mad Max
Primeiro participante de MS do programa, no BBB 3, Dilson Walkarez Rodovalho Filho – eternizado como "Dilsinho Mad Max" – tinha 27 anos quando entrou na casa. Na época, em apenas 20 dias de confinamento ao lado de Sabrina Sato, resolveu abandonar a competição.
"Era muito direcionado. Tudo que está lá precisa ser vendido, inclusive as pessoas, que são consideradas produtos. Não é a minha. Da mesma forma que decidi entrar resolvi sair", esclarece.
Após o BBB, morou na Espanha por 4 anos. Formou-se em Direito pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e trabalhou poucos anos na área. Em 2010, se lançou deputado estadual mas não venceu. "Concorri porque tinha projetos políticos, principalmente no âmbito esportivo e social. Até hoje estou envolvido em trabalhos beneficentes, gosto muito de ajudar o outro", afirma.
Ex-motoqueiro e profissional de luta, se formou nas artes do karatê, jiu jitsu, muay-thai e boxe. Porém, há 3 anos se dedica exclusivamente à arte da tatuagem, no estúdio MadMax Tattoo Art, onde também funciona seu empreendimento de barbearia.
Sobre o fato de ainda o reconhecerem na rua, ele garante que tocou sua vida normalmente. "No final dos contas, não é a fama e dinheiro que vão mudar meu caráter. O BBB foi uma oportunidade maravilhosa, que me abriu portas, fui adiante até quando minha integridade moral permitisse. O ser humano vai muito além disso tudo, e eu precisava encontrar meu próprio propósito", considera.
Com seus 45 anos, é "quase" casado com Rebecca D'Albinie, produtora de TV e rainha do carnaval de Campo Grande. "Se depender, este ano a gente casa mesmo", brinca Dilsinho.
Priscila Venenosa
Já a ex-modelo Priscila Pires – a "Venenosa" – entrou na edição 2009 do BBB, onde inclusive foi vice-campeã. Perdendo por uma diferença de apenas 24 décimos, faturou na época o valor de R$ 100 mil como 2ª colocada.
Dos seus "companheiros" ex-brothers de MS, Priscila é a sister que mais aproveitou a fama. Fez capa das maiores revistas, participou de eventos e apareceu em propagandas. Porém, segundo contou ao Lado B, não estava madura e preparada para "uma Globo da vida", muito menos se dedicar 100% à fama.
"Ainda, me casei muito cedo. Sofri nesse relacionamento abusivo e me afundei na depressão. Voltei ainda casada para Campo Grande, onde abrimos juntos o Restaurante Devassa, mas antes mesmo da inauguração resolvi me separar. Por isso, fui totalmente roubada e atacada judicialmente", relembra.
"A Priscila de antes era uma menina, que vivia sobrevivendo a dor de ter perdido a mãe em uma acidente de carro, que não tinha emocional, sabedoria, pulso, ideais, foco, garra e determinação. Hoje, sou uma mulher com cicatrizes. Que amadureceu, cresceu e se fortaleceu. Sei o que eu quero, faço planos, sigo caminhos, corro atrás", garante.
Formada em Jornalismo, atualmente Priscila é apresentadora na RecordTV, onde trabalha no quadro "A Hora da Venenosa" no programa "Balanço Geral", ao lado de Rodrigão. Casada com o educador físico João Reis, ela é mãe de dois meninos, Gabriel, de 8 anos, e Pietro, de sete – frutos do casamento anterior. Ainda neste ano, decidiu se formar em Nutrição. "Cansei de ser chamada de burra. Nunca vou parar de estudar. O que eu mais quero é continuar a evoluir", opina.
Para ela, nada de "15 minutinhos de fama" não, muito pelo contrário: "não me encaixo nisso, afinal já são 12 anos pagando minhas contas 'apenas' pelo reconhecimento que veio do BBB, o que é ótimo – então nada disso passou".
Por fim, sobre acompanhar as outras edições do BBB, ela diz confirma "mas apenas profissionalmente. Se acontecer uns babados por aí, a Venenosa aqui conta tudo pra vocês", brinca.
Fael
Passados 9 anos desde o BBB 12, o primeiro e até hoje único vencedor sul-mato-grossense do reality pegou a fortuna e investiu tudo em fazendas – "melhor coisa que já fiz", disse em entrevista. Estamos a falar de Rafael Alves Cordeiro, o "Fael", que trocou a tal da "fama passageira" por vida na roça.
Na época, foi um dos personagens mais polêmicos e, ao mesmo tempo, o que ganhou maior índice de aceitação pelo público, nunca antes visto na história do programa. Com 92% de aprovação, ganhou de "lavada" da segunda colocada, a "Fabi". Assim, conquistou o prêmio de R$ 1,5 milhão – e sem dedução de impostos.
Médico veterinário natural de Aral Moreira, distante 296 quilômetros da Capital, Fael trocou a fama e a vida em clínicas para ser dono e administrador de propriedades rurais ao lado da esposa, a cirurgiã-dentista Anna Flavia.
"Nunca pensei em ser artista, sempre soube que a fama é passageira e já entrei no programa para vencer e trabalhar com o que eu gosto: terra e gado", disse.
Pai da pequena Laura, de 2 aninhos, ele ainda mantém contato com a dupla de amigos Jonas e João Maurício – o "El Trio Peligrosso" apelidado por Bial, apresentador do BBB à época.
Campeão, o ex-brother confessa ainda ser fã do programa. "Sempre que posso, acompanho cada nova edição, recordo tudo que vivi e torço como qualquer outro telespectador”.
Mamão
Por fim, o último a integrar o "elenco" de MS que viveu dias na casa mais vigiada do Brasil foi Ilmar Renato Granja Fonseca, o "Mamão". Participante do BBB 17, ele foi o 10º eliminado da prova – e quase entrou no "top 3" para concorrer ao grande prêmio.
Sobre seu apelido, a explicação é pra lá de carinhosa. "Quando pequeno, meu irmão não conseguia falar 'meu irmão', apenas 'mamão'. O termo colou para meus familiares e amigos".
Natural do interior de São Paulo, da cidade de Santo Anastácio, ele é formado em Direito pela UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e desde março de 2019 mora em Brasília, exercendo a atividade de assessoria de comunicação. "Para políticos e somente os de esquerda! Eu escolho com quem eu quero trabalhar", garante.
"Sou militante de esquerda e pelos Direitos Humanos. Estar dentro de um programa de rede nacional é debater ativamente dentro desse espaço ideológico e, claro, ganhar uma visibilidade imensa no que eu propunha", esclareceu a sua participação dentro da casa.
Em 2018, foi candidato a deputado federal e recebeu o total de 10 mil votos. Mais recentemente, Pedro Kemp o convenceu a lançar sua candidatura de vereador nas eleições do ano passado. "Eu nem saí de casa. Fiz uma campanha 100% on-line. Recebi 500 votos, não ganhei, mas tá tudo bem", julga.
Nos seus "15 minutinhos" de fama, Ilmar afirma que as pessoas ainda o reconhecem na rua, seja em Brasília ou Campo Grande. "Às vezes não associam de primeira, mas é só eu falar meu apelido que lembram. Teve até motorista de aplicativo que olhou pra mim e disse: 'eu acho que te conheço'".
Aos 42 anos, está casado pela segunda vez e espera a chegada da filha Madalena. Depois do BBB, Ilmar confessa que ver o programa virou seu "vício". "Acompanho tudo que é barraco e fofoca pelo Twitter. Quem disse que ter futilidade não faz bem pra mente?", brinca.
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