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Diversão

Dupla saiu de MS para escalar uma das montanhas mais difíceis do País

Marcelo e Wilson demoraram quase 11 horas para chegar ao pico Olimpo, no Paraná, e descer

Por Aletheya Alves | 06/01/2025 06:49
Dupla saiu de MS para escalar uma das montanhas mais difíceis do País
Pico do Monte Olimpo, no Paraná, foi desafio de dupla. (Foto: Arquivo pessoal)

Imagine passar cinco horas até, finalmente, conseguir chegar ao topo de um conjunto de montanhas. Para dificultar a história, Marcelo Bueno e Wilson Zanuncio ainda enfrentaram um tempo chuvoso após saírem de Mato Grosso do Sul para conquistar uma das escaladas mais difíceis do país: o Monte Olimpo, no conjunto Marumbi.

Psicanalista e professor universitário, Marcelo narra que toda a jornada no Paraná foi feita ao lado de seu colega, o técnico administrativo do MPF (Ministério Público Federal), Wilson. Bastante simbólica, a subida fechou o 2024 dos dois com muita aventura no dia 27 de dezembro.

Situado na maior área contínua remanescente de Mata Atlântica no Brasil, o pico Olimpo integra o coração da serra do mar paranaense. E, para chegar até lá, a história dos dois começou com as corridas de trilha.

Marcelo explica que ambos fazem o chamado trail running há alguns anos. Nessa modalidade, os terrenos fora do asfalto é que dão a “cara” ao esporte e estilo de vida.

“Embora o nosso estado não tenha montanhas propriamente ditas, conseguimos realizar nosso treinamento nos acidentes geográficos que temos à mão, como o Morro do Ernesto, em Campo Grande, os de Furnas do Dionísio, em Jaraguari, ou o Morro do Paxixi, em Aquidauana”, descreve o professor.

Dupla saiu de MS para escalar uma das montanhas mais difíceis do País
Marcelo e Wilson no dia em que escalaram a montanha. (Foto: Arquivo pessoal)

Para se ter noção dessa vida nas corridas de trilha, em meados de 2023, Marcelo fez uma prova fora de Mato Grosso do Sul, assim como sua primeira ultramaratona. Ao todo, foram 50 km no Desafio Urubici, em Santa Catarina. Nele, o percurso vai até o Morro da Igreja, com 1.822 m de altura.

“Paralelo ao trail, que mais do que um esporte é um estilo de vida, o ambiente das montanhas despertou igualmente um interesse de minha parte pela escalada, o que me levou nos últimos tempos a ler e estudar bastante sobre o assunto e incluir muitos elementos técnicos da escalada em meu treinamento para a corrida de trilha”.

Decidindo escalar

A partir dessa bagagem, o psicanalista decidiu finalizar 2024 com sua primeira escalada e, em suas palavras, de uma forma bastante emblemática. O Monte Olimpo, no Paraná, tem 1.539 metros de altitude, sendo o ponto mais alto do conjunto Marumbi, em Morretes.

“Considerada o berço do montanhismo brasileiro, o qual oficialmente ali nasceu em 1879 quando Joaquim Olimpio de Miranda conquistou pela primeira vez o cume do Olimpo (que foi assim batizado posteriormente em sua homenagem), realizando pela primeira vez em nosso país uma escalada sem outro fim que não o esportivo”, descreve.

Dupla saiu de MS para escalar uma das montanhas mais difíceis do País
Em registro, Marcelo segura em corda para fazer escalada. (Foto: Arquivo pessoal)

Apesar de morar em Mato Grosso do Sul, Marcelo é paranaense, de União da Vitória, então começou a ouvir falar sobre a formação rochosa ainda na adolescência. Desde então, tinha vontade de conhecer o local, principalmente por chegar até lá percorrendo a Serra do Mar de trem.

“Assim, com esse propósito, convidei para fazer parte da aventura o Wilson, que prontamente topou a parceria e lá fomos nós, subir a montanha. Vale ressaltar que o Marumbi não é apenas um lugar cheio de histórias, que guarda uma parte significativa da memória do montanhismo brasileiro e até gerou um movimento próprio, o marumbinismo”.

O psicanalista diz que o percurso é um dos lugares mais técnicos e difíceis de ascensão por trilha, já que tem muita exposição a abismos e penhascos.

“Embora o MS não tenha montanhas, isso não significa a impossibilidade da prática do montanhismo por aqui, lembrando que temos lugares maravilhosos e privilegiados mesmo dentro do estado, como Piraputanga ou a Serra da Bodoquena. Esperamos que o número de pessoas interessadas nesse tipo de atividade aumente”, completa.

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