Famoso pelo flash back, DJ diz que o “estilo do passado” é coisa de Campo Grande
Há 19 anos criando mixagens, o DJ Marquinhos Espinosa se tornou um dos reis do flash back em Campo Grande. Entretanto, a fama só serve para a Capital, porque lá fora o remember de pouco vale. “Campo Grande é a única cidade que tenho um público do estilo. Em Cuiabá, por exemplo, só toco hip-hop”, conta.
Fora da cena das casas noturnas mais badaladas da cidade, ele reclama que por aquil não se valoriza os DJs, e o jeito para ganhar dinheiro é produzir festas por todo o Brasil.
Em Campo Grande, profissionais como Marquinhos tem em clubes como “União dos Sargentos” e “Círculo Militar” os únicos pontos de encontro para o público que gosta dos tempos da brilhantina.
Marquinhos diz que cobra no mínimo de R$ 1.5 mil para animar uma festa e garante que não toca em outros lugares porque o cachê é muito ruim. Segundo ele, DJs residentes de algumas casas noturnas recebem R$ 300,00 para tocar cerca de 3 horas por noite.
Agora, ele é o primeiro sul-mato-grossense convidado a participar da batalha de DJs “Red Bull Thre3style”, concurso nacional.
Marquinhos lembra que o convite surgiu há três meses, e nesta semana se prepara para a final, que terá mais cinco DJs na concorrência. Cada um terá 15 minutos para improvisar e misturar estilos, demonstrando a técnica conquistada durante os anos.
Serão julgadas a seleção musical, habilidade técnica, criatividade e a capacidade de animar o público. E ele confessa o segredo para desfilar entre os principais nomes da profissão: “Para ser perfeito, não vai perceber a passagem de musicas, como se fosse uma continuação”.
A final será no sábado, em Curitiba (PR). O vencedor seguirá para Toronto, no Canadá, para participar da etapa mundial.