Lagoa ganhou cangas e cadeiras para noite de lua cheia surreal
No Jardim Itatiaia, lagoa famosa foi cenário para luau que reuniu famílias e moradores da região
Ontem (22), foi noite de lua cheia, o que não poderia combinar melhor com um luau. Depois que o temporal da sexta passada arruinou os planos da organização, ontem, finalmente, teve o evento às margens da Lagoa Itatiaia.
Pingado Coffee House foi quem teve a ideia de agitar o pessoal para um evento ao luar, com música ao vivo, lojinhas com produtos artesanais e até espaço kids, com direito a cama elástica.
A estrutura era simples, mas que dava todo um clima aconchegante ao luau. A maioria das pessoas se sentou no gramado mesmo, algumas com colchas e outras com cadeiras de praia. E não se restringiu apenas ao quadrado onde fica estacionado o trailer do café, pois teve quem achou um espaço no gramado bem na beira da lagoa também.
Foi o caso da doula Pamela Castro, de 38 anos, que trouxe uma colcha para ficar à vontade com a filhinha, que se divertia no pula-pula. “A colcha é um negócio que eu sempre carrego comigo, porque dá pra simplesmente sentar em qualquer lugar pra ela brincar. Eu moro por aqui, então, sempre frequento e achei a ideia do evento muito legal”, disse.
Já a funcionária pública Sheila Miake, de 45 anos, preferiu a cadeira de praia. “Eu moro no Jockey Clube e é a primeira vez que vim aqui na Lagoa. O ambiente é muito gostoso, com essa lua cheia então, tudo de bom”, afirmou.
O evento, na verdade, estava previsto para acontecer na semana passada, mas devido ao vendaval que tomou a Capital, precisou ser adiado. De acordo com a organizadora Rafaela Anjolin Lescano, de 21 anos, a vontade de reunir o pessoal em um evento a céu aberto já vinha há tempos.
“Todo mundo está muito carente de eventos, então, já era uma coisa que a gente já queria fazer faz tempo depois que a pandemia acalmou. A gente criou um evento nas redes e a recepção foi ótima”, comentou.
O evento foi novidade, principalmente, entre os expositores. Tinha de tudo um pouco, roupas, acessórios, canecas, macramê. A maioria aproveitou a oportunidade para “dar as caras” fora de lojas nas redes sociais pela primeira vez. Foi o caso da universitária Analice Domingos Zancanario, de 25 anos, que junto com a mãe, a confeiteira Maria Aparecida Domingos, de 47 anos, faz doces e salgados artesanais.
“Esse é o primeiro evento em que a gente traz as coisas, e com vacina no braço. Os doces surgiram durante a pandemia, então, a gente fazia mais entrega mesmo. E achei a ideia de luau muito interessante. Eu vinha nessa região apenas algumas vezes, é muito bom ter algo que valorize essa região da Lagoa”, expressou.
Matheus Garcia da Silva, de 26 anos, conhecido pelo apelido de “Dois”, aproveitou a festa para sair completamente da zona de conforto e mostrar o artista por trás das artes que sempre desenha e expõe, mas sem aparecer. Aproveitou a temática de Halloween e com chapéu de bruxo, distribuiu de graça, quadros, adesivos, chicletes, balas, pirulitos e até beijinhos e brigadeiros caseiros para quem quisesse pegar.
“De coração, eu não quero restringir minha arte a um valor. De coração, se pessoa quiser, ela simplesmente pode levar. Assim, meu desenho vai fazer parte da casa dela, do espaço dela. E tudo o que tem na mesa é de graça mesmo, pelo espírito de Halloween”, explicou.
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