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Diversão

Modinha de outros ritmos não pega quem quer mesmo aprender chamamé e vaneirão

Thailla Torres | 19/02/2018 06:25
Em Campo Grande quem gosta mesmo de um estilo raiz não troca os ritmos da moda pelo bom e velho chamamé ou o vaneirão
Em Campo Grande quem gosta mesmo de um estilo raiz não troca os ritmos da moda pelo bom e velho chamamé ou o vaneirão

Ultimamente, os cursos de dança de salão vem ocupando diversas academias. Na maioria das vezes, um pouquinho de cada ritmo é ensinado aos alunos, mas o destaque tem sido o samba de gafieira e o forró. Mesmo assim, em Campo Grande quem gosta mesmo de um estilo raiz não troca os ritmos da moda pelo bom e velho chamamé ou o vaneirão, que ainda dominam os bailes da cidade.

No Círculo Militar, o intensivão é a chance para deslizar no salão nos ritmos conhecidos pelos giros e movimentos intensos. A maior dificuldade, segundo o professor de dança Sahu Abel, de 27 anos,  é a interação. "Nosso desafio é fazer com que o aluno perceba que, diferente das outras danças, o chamamé e a vaneira necessitam de uma relação e interação entre os pares. Com isso os passos vão surgindo", explica.

Maria das Graças [a esquerda],, quer fazer bonito na pista
Maria das Graças [a esquerda],, quer fazer bonito na pista

Na pista de dança, os ritmos regionais são conhecidos pelos passos intensos, característica possível de aprender em uma tarde. "Basta acreditar e se entregar. O problema é que as pessoas dançam olhando para o chão e os pés do seu par. É preciso encarar a postura, olhar nos olhos e seguir o ritmo".

O curso rápido foi divulgado no Facebook, mas dessa vez, atraiu poucos alunos. Só cinco pessoas estiveram na aula. Mesmo assim, Sahu foi insistente e com muita simpatia ensinou passo a passo. "O chamamé é uma caminhada constante e conhecido por uma dança em roda, porque a gente dança sempre fazendo em círculo na pista. Observa-se que o par está sempre em deslocamento pelo salão", destalha.

O mesmo acontece com o vaneirão, com carga de folego extra. "Porque é um ritmo mais rápido e a principal característica são os giros, as figuras feitas com os braços e as poses. É uma dança vigorosa".

A proposta da aula foi também acabar com vícios. "Essas danças regionais surgem muito com o jeitinho popular e quem chega ao salão encontra vícios na forma de rodar, segurar a dama e fazer movimentos intensos. Isso também causa um desconforto e acaba fazendo alguns alunos desistiren", esclarece.

Não foi o caso da costureira Berenice Silva de Paula, de 30 anos, que ama dançar com o marido, mas encontra dificuldades no salão. "Ele tem um ritmo e eu tenho outro, então tudo que eu quero é aprender de vez", conta. Os dois vão a bailes da cidade quase todo fim de semana. "Mas tô cansada de passar sufoco, preciso saber dançar bonito e ainda vou ensinar meu marido".

Maria das Graças Medeiros, de 63 anos, quer fazer bonito na pista. "Eu nunca fiz uma aula de dança e fico igual louca pisando no pé dos outros quando vou em baile. Mas agora chega", ri.

O estilo também conquistou Patrick Lopes, de 25 anos, que começou a dançar depois de uma brincadeira. "Eu fiz curso de dança depois de uma aposta com uma amiga, que duvidava que eu dançaria. Comecei brincando, quando de repente gostei de dançar e não sai mais", finaliza.

O curso e as aulas de dança acontecem no Circulo Militar de Campo Grande. O contato para novas turmas é pelo telefone (67) 99290-6944.

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Na pista de dança, os ritmos regionais são conhecidos pelos passos intensos, característica possível de aprender em uma tarde.
Na pista de dança, os ritmos regionais são conhecidos pelos passos intensos, característica possível de aprender em uma tarde.
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