Oficina de pintura em quintal transformou amor por café em arte

Quintal de cafeteria virou “ateliê” para oficina de pintura com café, que reuniu mulheres de todas as idades, inclusive crianças, para participarem da atividade sensorial e criativa. A ideia surgiu devido ao Dia Nacional do Café, comemorado dia 24 de maio, e foi aberta ao público, independente de ter habilidades com pintura ou não.

A oficina foi idealizada e ministrada pela artista plástica Lígia Rocha, 39, que pinta utilizando a técnica há nove anos. Ela explica que a base da pintura com café é semelhante à aquarela, e durante o processo, é possível observar várias nuances do tom de marrom da fruta moída.

A nutricionista Cláudia Regina Ferreira, 43, é apaixonada por café, e nunca tinha utilizado a fruta para pintar, então aproveitou a oportunidade para ter uma experiência nova com a oficina. Ela levou a mãe, Márcia, 65, e a filha Isabela, 6, para aprenderem a técnica também.

A filha, Isabela, também aproveitou para deixar a criatividade solta, e assim como a avó, Márcia, estava concentrada em reproduzir o passo a passo explicado pela professora.

“Por ser o café a gente já se identifica, e a questão da arte também, eu acho que unir os dois é tudo de bom, não tem como dar errado. É uma experiência sensorial, tátil, de contato com a arte, com a sua essência de deixar a criatividade solta”, diz.

Essa foi a segunda oficina de pintura com café da artesã Cíntia Ajiki, 47. Ela relata que fez um curso voltado à esse tipo de arte há alguns anos atrás, mas não continuou, então decidiu participar da oficina para relembrar as técnicas e aproveitar a experiência sensorial e relaxante que a atividade oferece. Em seu caderno, ela ainda guarda a pintura de uma xícara de café, que fez na primeira vez que teve contato com a técnica.

“É um momento para relaxar, um momento para você fazer uma coisa nova, aprender técnicas novas, relembrar. Eu amo café, então você aprendendo a utilizar de outra forma, para fazer arte, é bem mais gostoso”, declara Cíntia.

A oficina também foi o momento de criar novas memórias entre a social media Victoria Ranzan, e mãe, Adriana Ranzan, 47. Elas relatam que adoram sair para conhecer novas cafeterias juntas, então aproveitaram a atividade para fazer algo diferente e, de brinde, conhecer um lugar novo.

Victória confessa que não é muito fã de café, mas adorou a experiência com a arte. “Eu tô achando bem legal, eu gosto de pintura. E [a pintura com café] é uma coisa super diferente, acho que é bem terapêutico e é bem gostoso”, declara Victória.

Adriana diz que gosta bastante de café, principalmente de provar diferentes drinks a base da bebida. Os passeios com a filha é uma forma de passar mais tempo com Victória e criar memórias com ela. “Eu falo pra ela que se um dia eu partir e ela passar na cafeteria, ela vai falar assim ‘hmm, lembro da minha mãe, que a gente gostava de fazer esse tipo de atividade'”.

Para a artista plástica Lígia Rocha, a pintura com café é uma técnica agradável aos olhos e ao olfato do público, proporcionando uma experiência, além de tudo, sensorial. Ela descreve que as alunas são concentradas e curiosas.

“O cheiro, o gosto! As pessoas se conectam mais assim. Tá todo mundo ali animado pra desenvolver a pintura com o café coado. Depois vem a surpresa, que eu conto na prática. Então pra saber tem que participar”, diz Lígia.

Quem quiser saber os segredos e as técnicas utilizadas pela artista, terá que comparecer às oficinas. A próxima acontece no dia 23 de maio, no Recanto das Ervas, das 15h às 17h. A última oficina será no Bourbon Café, no dia 25 de maio, 9h30 às 11h30.  A oficina é gratuita, mas é necessário levar duas folhas de tamanho A4 e um pincel para participar da atividade.

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