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Diversão

Para reviver bairro, moradores querem consolidar feira em praça

A ideia é em todo segundo sábado do mês fazer uma feira com expositores e expositoras de diversos segmentos

Por Idaicy Solano | 14/07/2024 07:10
Feira acontece todo segundo sábado do mês na praça Cuiabá (Foto: Juliano Almeida)
Feira acontece todo segundo sábado do mês na praça Cuiabá (Foto: Juliano Almeida)

Em mais uma tentativa de reviver o bairro e afastar a presença da população de rua e usuários de drogas, os moradores do Amambai, com apoio da associação de moradores e do Coletivo de Mulheres Empreendedoras, decidiram se unir e organizar uma feirinha cultural na Praça Cuiabá.

A praça recentemente ganhou uma nova pintura e teve o espaço revitalizado e limpo pelos próprios moradores, que agora tentam vingar, em todo segundo sábado do mês, uma feira com expositores e expositoras de diversos segmentos, com direito a shows e apresentações culturais.

Mesmo com o início da noite de sábado marcando 15 graus, a consultora de produtos de beleza e dona de brechó, Maria José dos Santos, 46, levou suas peças para expor, incluindo uma variedade de casacos.

Além de moradora do bairro, ela faz parte do coletivo, e ressalta que ali na região, não acontecem muitos eventos, então feiras como estas são importantes para movimentar a economia e trazer mais pessoas para consumirem no bairro.

Maria levou seu brechó para expor na feira neste sábado (Foto: Juliano Almeida)
Maria levou seu brechó para expor na feira neste sábado (Foto: Juliano Almeida)
Expositores de diversos seguimentos se reuniram para movimentar feira no Amambai (Foto: Juliano Almeida)
Expositores de diversos seguimentos se reuniram para movimentar feira no Amambai (Foto: Juliano Almeida)
Bolos, doces e pratos quentes foram servidos na feira (Foto: Juliano Almeida)
Bolos, doces e pratos quentes foram servidos na feira (Foto: Juliano Almeida)

Segundo Maria, é importante ocupar os espaços públicos, mas ela também ressalta que não adianta ‘expulsar’ as pessoas em situação de rua de um local, pois elas acabam indo se alojar em outro canto.

“Eles saem daqui, mas eles vão para outros lugares. Então, a gente ocupa um espaço desse também para dizer para o poder público olhar por esses nossos irmãos que precisam de políticas públicas para atender eles, porque é uma questão social gravíssima em nosso município”, opina.

A microempreendedora Paula Guerreiro, 40, também marcou presença. Ela está há cinco meses morando na Capital, e comenta que em sua cidade, Jardim, não existiam tantas feiras para expor e vender seus produtos. “Eu nunca participei de tantas feiras assim, então eu tô muito feliz e com a oportunidade. Essas feiras são muito boas para ajudar a expor e vender”.

Paula veio de Jardim há cinco emses e está adorando participar de feiras culturais (Foto: Juliano Almeida)
Paula veio de Jardim há cinco emses e está adorando participar de feiras culturais (Foto: Juliano Almeida)

Para a confeiteira Jainara Martins Rodrigues, 28, começou a expor junto com o coletivo há pouco tempo, após receber um convite para somar forças com as demais empreendedoras. “É muito bom, porque vai dando a oportunidade de estarmos apresentando o nosso produto, de crescer no mercado e melhorar a economia até da cidade. A gente vai se relacionando e uma vai elevando a outra, é muito importante para nós”.

A presidente da Associação de Moradores do Bairro Amambaí, Rosane de Lima, 56, relatou que os próprios moradores limparam e pintaram a praça, e decidiram ocupar o local com uma feirinha cultural uma vez por mês. O projeto tema té nome, e se chama "A praça é nossa, vem pra feira".

Ela relata que o bairro tem bastante idosos e famílias, que deixam de frequentar os espaços públicos por medo de usuários de drogas, então então espera conseguir chamar atenção para o local, tornando-o um espaço de cultura e lazer.

“A gente está fazendo isso pra que a população venha pra praça, ocupe a praça e a gente acabe de vez com esse problema de dependentes químicos ocupando os nossos espaços. Hoje no bairro Amambaí as praças estão totalmente abandonadas , o bairro está totalmente abandonado”, expressa Rosana.

Jainara faz parte do coletivo de mulheres empreendedoras (Foto: Juliano Almeida)
Jainara faz parte do coletivo de mulheres empreendedoras (Foto: Juliano Almeida)

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