ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, QUARTA  17    CAMPO GRANDE 27º

Diversão

Vale tudo ao final do desfile, mas Márcio quer chorar como campeão

Escolas de samba se preparam para o Carnaval e hoje falamos com a Cinderela Tradição

Por Jéssica Fernandes | 31/01/2024 08:17
Onilda e Márcio são membros mais antigos da Cinderela. (Foto: Juliano Almeida)
Onilda e Márcio são membros mais antigos da Cinderela. (Foto: Juliano Almeida)

Nos dias 12 e 13 de fevereiro, as escolas de samba de Campo Grande desfilam na passarela do samba na Praça do Papa. O Lado B mostra a partir de hoje como está a preparação de cada agremiação campo-grandense. Hoje, quem fala da expectativa é a Cinderela Tradição fundada em 1992 por Gilberto Corrêa Lopes, o Gilbertão.

A 11 dias do grande dia, a escola está nos últimos arranjos. Em 2024, a escola levará para a avenida os anseios do homem representados a partir do ‘desejo de voar’ com o samba-enredo  ‘Le Revê de Voler’.

Onilda Ribeiro, de 60 anos, não lembra quando chegou à escola, mas função de 1ª secretária, a responsabilidade é grande. Ela vai além de cuidar de atas, papéis e a parte burocrática. Onilda fez e ainda faz de tudo pela escola e, na tarde de terça-feira (30), costurava fantasias quando conversava com a reportagem.

Onilda fala sobre começo da história que nasceu no Bairro José Abrão. (Foto: Juliano Almeida)
Onilda fala sobre começo da história que nasceu no Bairro José Abrão. (Foto: Juliano Almeida)

Ela é uma das integrantes mais antigas da escola junto com o marido Márcio Marques Soares. Para eles, a paixão pela escola e o Carnaval foi possível graças ao filho Alisson Ribeiro, de 27 anos. Onilda conta que na infância o menino queria tocar os instrumentos.

“Tem mais de anos a minha história com a escola, a gente ajudava o pai do Diogo antes, mas a gente entrou na escola mesmo porque meu menino na época com nove anos queria entrar na bateria. A gente vinha trazer ele e fomos ficando. Hoje meu marido é vice-presidente”, fala.

Na reta final dos preparativos, o casal passa boa parte do dia envolvido com os arranjos. Márcio é responsável pela parte da solda, por fazer a estrutura dos carros alegóricos, enquanto Onilda cuida das fantasias e da ala das baianas que é pela ala que desfila todos os anos.

Fantasia é uma das que escola prepara para o desfile dia 11.(Foto: Juliano Almeida)
Fantasia é uma das que escola prepara para o desfile dia 11.(Foto: Juliano Almeida)

O esforço, a dedicação e empenho que o casal dedica ao Carnaval não tem retorno financeiro. Para Onilda, o pagamento de semanas de trabalho na escola é ver a reação do público quando a escola desfila na avenida.

“Pra mim é gratificante porque a gente trabalha para levar à avenida coisas bonitas pro povo ver. As pessoas perguntam ‘por quê vocês se dedicam ao Carnaval?’. É porque eu gosto. A gente está aqui porque gosta muito e gostávamos muito do presidente. O Gilberto era muito amigo nosso e o presidente (Diogo) confia na gente. ”, destaca.

O dia do desfile é o momento em que Márcio vive uma explosão de sentimentos. O vice-presidente, que se descreve como uma pessoa ansiosa, fica preocupado ano após ano em ver como a escola irá se sair no grande dia.

Márcio fala sobre emoção que sente quando desfile acaba. (Foto: Juliano Almeida)
Márcio fala sobre emoção que sente quando desfile acaba. (Foto: Juliano Almeida)

Quando o desfile acaba, Márcio libera tudo que guardou no peito por meses. “Eu sofro por antecedência, a ansiedade vai lá em cima, mas quando acaba eu fico horas chorando. É um alívio, você não vê a hora que acaba, parece que tira as energias. É um negócio muito forte, é muita energia”, descreve.

Sobre a expectativa para o Carnaval deste ano, Onilda quer que a escola tenha um desempenho ainda melhor que o de 2023.  “A gente quer superar o ano passado, na verdade a gente quer superar anos anteriores. Em 2023 ficamos em 3º lugar e estamos trabalhando para superar isso. A gente gostaria de chegar no 1º lugar”, comenta.

Diogo Miranda Corrêa é presidente da Cinderela Tradição do José Abrão desde 2017. Ele assumiu o cargo após o pai falecer em decorrência de um infarto fulminante em março daquele ano. Ao Lado B, Diogo lembra o começo da história da escola.

Atual presidente da escola, Diogo leva adiante legado da família. (Foto: Juliano Almeida)
Atual presidente da escola, Diogo leva adiante legado da família. (Foto: Juliano Almeida)

“Ela começou como um bloco em 1983. Eu não era nem nascido ainda. Começou porque o pessoal queria se divertir e foi ficando sério. A história da família vem desde o Tio Goinha que foi o cara que introduziu o Carnaval em Campo Grande. Começou ali a brincadeira”, fala.

Junto com o irmão Gregório Corrêa, o ‘Gilbertão’ criou gosto pela folia. Hoje, o filho faz de tudo para manter viva a tradição e o legado da família. “Ficou a responsa para nós. Depois que ele se foi, fazemos de tudo para não acabar, porque para acabar é rapidinho”, diz.

‘Le Revê de Voler’ - Em 2024, o ‘sonho de voar’ irá movimentar a passarela na Praça do Papa. Os anseios do homem serão representados em alas que trazem criaturas mitológicas como ‘Ícaro’ e homens que marcaram a história como Santos Dumont. Ao todo serão três carros alegóricos e sete alas que desfilam no 1º dia do Carnaval.

Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.

Confira a galeria de imagens:

  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
Nos siga no Google Notícias