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Diversão

Vale tudo ao final do desfile, mas Márcio quer chorar como campeão

Escolas de samba se preparam para o Carnaval e hoje falamos com a Cinderela Tradição

Por Jéssica Fernandes | 31/01/2024 08:17
Onilda e Márcio são membros mais antigos da Cinderela. (Foto: Juliano Almeida)
Onilda e Márcio são membros mais antigos da Cinderela. (Foto: Juliano Almeida)

Nos dias 12 e 13 de fevereiro, as escolas de samba de Campo Grande desfilam na passarela do samba na Praça do Papa. O Lado B mostra a partir de hoje como está a preparação de cada agremiação campo-grandense. Hoje, quem fala da expectativa é a Cinderela Tradição fundada em 1992 por Gilberto Corrêa Lopes, o Gilbertão.

A 11 dias do grande dia, a escola está nos últimos arranjos. Em 2024, a escola levará para a avenida os anseios do homem representados a partir do ‘desejo de voar’ com o samba-enredo  ‘Le Revê de Voler’.

Onilda Ribeiro, de 60 anos, não lembra quando chegou à escola, mas função de 1ª secretária, a responsabilidade é grande. Ela vai além de cuidar de atas, papéis e a parte burocrática. Onilda fez e ainda faz de tudo pela escola e, na tarde de terça-feira (30), costurava fantasias quando conversava com a reportagem.

Onilda fala sobre começo da história que nasceu no Bairro José Abrão. (Foto: Juliano Almeida)
Onilda fala sobre começo da história que nasceu no Bairro José Abrão. (Foto: Juliano Almeida)

Ela é uma das integrantes mais antigas da escola junto com o marido Márcio Marques Soares. Para eles, a paixão pela escola e o Carnaval foi possível graças ao filho Alisson Ribeiro, de 27 anos. Onilda conta que na infância o menino queria tocar os instrumentos.

“Tem mais de anos a minha história com a escola, a gente ajudava o pai do Diogo antes, mas a gente entrou na escola mesmo porque meu menino na época com nove anos queria entrar na bateria. A gente vinha trazer ele e fomos ficando. Hoje meu marido é vice-presidente”, fala.

Na reta final dos preparativos, o casal passa boa parte do dia envolvido com os arranjos. Márcio é responsável pela parte da solda, por fazer a estrutura dos carros alegóricos, enquanto Onilda cuida das fantasias e da ala das baianas que é pela ala que desfila todos os anos.

Fantasia é uma das que escola prepara para o desfile dia 11.(Foto: Juliano Almeida)
Fantasia é uma das que escola prepara para o desfile dia 11.(Foto: Juliano Almeida)

O esforço, a dedicação e empenho que o casal dedica ao Carnaval não tem retorno financeiro. Para Onilda, o pagamento de semanas de trabalho na escola é ver a reação do público quando a escola desfila na avenida.

“Pra mim é gratificante porque a gente trabalha para levar à avenida coisas bonitas pro povo ver. As pessoas perguntam ‘por quê vocês se dedicam ao Carnaval?’. É porque eu gosto. A gente está aqui porque gosta muito e gostávamos muito do presidente. O Gilberto era muito amigo nosso e o presidente (Diogo) confia na gente. ”, destaca.

O dia do desfile é o momento em que Márcio vive uma explosão de sentimentos. O vice-presidente, que se descreve como uma pessoa ansiosa, fica preocupado ano após ano em ver como a escola irá se sair no grande dia.

Márcio fala sobre emoção que sente quando desfile acaba. (Foto: Juliano Almeida)
Márcio fala sobre emoção que sente quando desfile acaba. (Foto: Juliano Almeida)

Quando o desfile acaba, Márcio libera tudo que guardou no peito por meses. “Eu sofro por antecedência, a ansiedade vai lá em cima, mas quando acaba eu fico horas chorando. É um alívio, você não vê a hora que acaba, parece que tira as energias. É um negócio muito forte, é muita energia”, descreve.

Sobre a expectativa para o Carnaval deste ano, Onilda quer que a escola tenha um desempenho ainda melhor que o de 2023.  “A gente quer superar o ano passado, na verdade a gente quer superar anos anteriores. Em 2023 ficamos em 3º lugar e estamos trabalhando para superar isso. A gente gostaria de chegar no 1º lugar”, comenta.

Diogo Miranda Corrêa é presidente da Cinderela Tradição do José Abrão desde 2017. Ele assumiu o cargo após o pai falecer em decorrência de um infarto fulminante em março daquele ano. Ao Lado B, Diogo lembra o começo da história da escola.

Atual presidente da escola, Diogo leva adiante legado da família. (Foto: Juliano Almeida)
Atual presidente da escola, Diogo leva adiante legado da família. (Foto: Juliano Almeida)

“Ela começou como um bloco em 1983. Eu não era nem nascido ainda. Começou porque o pessoal queria se divertir e foi ficando sério. A história da família vem desde o Tio Goinha que foi o cara que introduziu o Carnaval em Campo Grande. Começou ali a brincadeira”, fala.

Junto com o irmão Gregório Corrêa, o ‘Gilbertão’ criou gosto pela folia. Hoje, o filho faz de tudo para manter viva a tradição e o legado da família. “Ficou a responsa para nós. Depois que ele se foi, fazemos de tudo para não acabar, porque para acabar é rapidinho”, diz.

‘Le Revê de Voler’ - Em 2024, o ‘sonho de voar’ irá movimentar a passarela na Praça do Papa. Os anseios do homem serão representados em alas que trazem criaturas mitológicas como ‘Ícaro’ e homens que marcaram a história como Santos Dumont. Ao todo serão três carros alegóricos e sete alas que desfilam no 1º dia do Carnaval.

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