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Diversão

Volta do colorido à Praça Bolívia é sinal de recomeço no Bairro Santa Fé

Apesar de menos barraquinhas que antes da pandemia, o evento voltou animado, para alívio dos feirantes

Suzana Serviam | 12/09/2021 14:49
Mônica se abraça em homenagem a saudade de Ingra Padilha. (Foto: Suzana Serviam)
Mônica se abraça em homenagem a saudade de Ingra Padilha. (Foto: Suzana Serviam)

A imagem acima representa saudades! Mônica Ayca do Nascimento, de 45 anos, se abraçou em homenagem a Ingra Padilha, idealizadora da Praça da Bolívia, que morreu no ano passado, vítima do câncer. No retorno de hoje (12), foi difícil esconder a falta que a dançarina faz na organização do evento.

Mas as atrações artísticas e as barraquinhas espalhadas pelo lugar, com gastronomia e artesanato, também são felicidade, um sinal de que as coisas começam a voltar ao normal no Bairro Santa Fé, onde até a pandemia chegar, a feira era tradição de domingo.

Com os olhos marejados, Mônica fala da saudade. “Está sendo muito difícil fazer isso aqui sem ela. Cada pedaço parece que vejo ela presente. Se fosse por mim, eu não retornaria com as atividades, mas por ela, pela força que ela representava, estou aqui!”.

A feira retornou hoje (12) e o público fez questão de comparecer para prestigiar o trabalho artesanal dos feirantes. O salgado mais procurado por quem visita a praça, a saltenha, chegou faltar na barraca da Dona Luíza.

Dona Luíza ao telefone pedindo para assar mais saltenhas. (Foto: Suzana Serviam)
Dona Luíza ao telefone pedindo para assar mais saltenhas. (Foto: Suzana Serviam)

Pela primeira vez, em pouco mais de um ano, dona Creuza Martins Régis, de 76 anos e seu companheiro Moacir Eugênio Régis, de 77 anos, finalmente, conseguiram sair de casa para respirar o ar fresco e ver pessoas diferentes. Ano passado, no período do Natal, os dois ficaram internados por conta da covid. Mas felizmente, venceram a doença.

"A gente ficou muito tempo dentro de casa, trancado por segurança. Eu não podia nem conversar com o vizinho", lembra seu Moacir, que comemora a dádiva da vida.

A filha, Rosimeire Régis, de 48 anos, sempre participou da feira. Toda vez, ela percorre pouco mais de 7km para prestigiar o trabalho artesanal dos artistas, que vai de comidinhas exclusivas até acessórios de crochê e plantas, como mudinhas de suculentas a R$ 5,00.

“Quando ouvi que hoje a feira retornaria às suas atividades, convidei mamãe e papai para dar uma volta logo cedo para conhecer esse ambiente, lógico, com os devidos cuidados em biossegurança, até levei um banquinho próprio para eles sentarem”.

Dona Creuza, a filha Rosimeire e seu Moacir. (Foto: Suzana Serviam)
Dona Creuza, a filha Rosimeire e seu Moacir. (Foto: Suzana Serviam)

As barraquinhas ainda não retornaram por completo. Alguns feirantes desistiram de participar, mas quem está presente há mais de quatro anos, não perdeu a oportunidade. "Quando falaram que ia retornar, eu já estava aqui", brinca a feirante Renata Vieira de Lima, de 40 anos.

A feira começou ás 9h e seguiu 14h de hoje (12), e para quem não conseguiu aproveita, coloque o endereço na agenda, que todo segundo domingo do mês a programação é certa. A Praça da Bolívia fica na Rua das Garças e Rua Barão da Torre, Bairro Santo Fé.

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