Atenção com pressões no início do ano, autocuidado não é brincadeira
Psicóloga, Lia Rodrigues Alcaraz explica que o 1º mês do ano é focado em refletir sobre a saúde mental
Com a passagem do ano, é comum que o momento seja de novas metas e objetivos, mas se você está começando 2025 se pressionando demais, fique alerta e dê um passo para trás. Conhecido por ser uma “folha em branco”, o mês se relaciona com momentos de reflexão e, por isso, ganhou o título de “janeiro branco”. Mas, para além das grandes mudanças, talvez seja a hora de pensar no autocuidado com mais leveza.
Psicóloga, Lia Rodriguez Alcaraz detalha que, principalmente no pós-pandemia, janeiro ganhou uma simbologia voltada para a saúde mental, autocuidado e do olhar para si. Nesse contexto, entra a primeira dica: se respeite nesses momentos.
Conseguir perceber o que te incomoda, quais falas e situações liberam gatilhos, como fazer de uma forma diferente ou se impor em determinadas situações, e também ser resiliente. Infelizmente, não é todo mundo que vai conseguir fazer tudo o que deseja nas épocas festivas. Trabalhar questões importantes dentro de um processo terapêutico ameniza muitos desses sintomas, como angústias, tristeza, ansiedade, entre outros”, diz Lia.
Ao pensar no futuro, reflexões acompanham o processo: ‘o que fazer e como fazer?’. De acordo com a profissional, a sugestão é entender como você está lidando com os seus sintomas. Além disso, ela cita perguntas como ‘o que você faz e como você lida quando algo que você gostaria que ocorresse, não ocorre?’.
Seguindo esse caminho, é iniciado um pensamento sobre si mesmo de uma forma mais analítica.
A busca de orientação profissional é essencial para, inclusive, conseguir enxergar essas situações que muitas vezes não conseguimos ver no dia a dia. O autocuidado com a saúde mental vem inicialmente de um pensamento sobre o que te implica e, então, como lidar com isso”.
Falando do cenário geral, Lia explica que a pandemia gerou uma preocupação ampliada com a saúde mental. Nesse período, houve um aumento exponencial de pessoas doentes mentalmente ao lidarem com medo, ansiedade e com a morte. E o legado permanece.
Então, neste momento que pode ser tão sensível, a psicóloga diz que a palavra de ordem é ‘empatia’. E, é claro, a dica segue para o restante dos meses.
“A doença mental é uma doença invisível, as pessoas em geral pouco acham que seja real, principalmente se delimita a pessoa a fazer suas atividades normais. Então, olhar para o outro com um olhar de se colocar naquela situação, de pensar sobre a vida, e tudo o que pode ser feito e respeitado, faz com que tenhamos também um olhar para si s obre nossas próprias questões”.
E, reforçando, o melhor caminho é a busca por ajuda profissional.
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