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Faz Bem!

Em 1h, técnica de defesa pessoal israelense pode te fazer queimar 800 calorias

Paula Maciulevicius | 18/01/2016 06:34
Ainda no aquecimento, as abdominais são bem puxadas. (Foto: Gerson Walber)
Ainda no aquecimento, as abdominais são bem puxadas. (Foto: Gerson Walber)

Pés no tatame e ouvidos atentos às instruções dadas por uma voz firme. O Lado B experimentou 60 minutos da aula de "Krav Maga", técnica de defesa pessoal criada para uso do exército israelense e que chegou a Campo Grande em 2015. O aquecimento e as abdominais em variações nunca antes praticadas, deixam claro porque uma aula pode te fazer perder até 800 calorias.

Não é luta e não existe competição. Boa parte dos alunos procuram as aulas por questões de segurança. "A gente trabalha com o que você vai encontrar na rua, os tipos de agressões. É diferente de um esporte que só trabalha para o ringue. Na rua, o agressor vai te atacar de qualquer jeito", explica o instrutor Giulio César Del Duca, de 49 anos. Ou seja, na prática, a aula tenta chegar o mais perto possível de qualquer violência a que se está sujeito.

Passado a primeira parte de aquecimento, numa série de exercícios Giulio César pede que os alunos caiam e rolem, um dos primeiros ensinamentos da técnica. "A primeira defesa que nós temos quando somos empurrados, é por as mãos para proteger o rosto, mas pode trazer lesões. Aprender a fazer o rolamento é salva-guardar sua cervical e sua integridade física", orienta.

Variações de abdominais são realizadas como aquecimento. (Foto: Gerson Walber)
Variações de abdominais são realizadas como aquecimento. (Foto: Gerson Walber)
Junto das flexões, feitas de várias maneiras. (Foto: Gerson Walber)
Junto das flexões, feitas de várias maneiras. (Foto: Gerson Walber)

Giulio César trabalhou na segurança presidencial de Fernando Henrique Cardoso, entre 2000 e 2003 e foi pelo convite de um colega de trabalho que chegou ao Krav Maga, 11 anos atrás. Como instrutor, ele é formado há 2. "O Krav Maga são técnicas de defesa pessoal, única e exclusivamente de defesa pessoal", frisa. A Federação Latinoamericana de Krav Maga indica a prática da técnica para crianças a partir de 11 anos, por enxergar que elas nessa idade já correm perigo.

As aulas aliam parte física e condicionamento para dar agilidade e força na hora de por a técnica em prática. "A gente trabalha tudo isso: aquecimento e corrida na parte de força e treinamento, para o aluno ir adquirindo condicionamento físico", explica Giulio.

O instrutor contabiliza que, dependendo da aula, é possível perder até 800 calorias em 1h de trieno. "É muito dinâmico, se trabalha bastante a força física e a velocidade", completa.

Depois de ensinada a teoria de cada técnica, instrutor demonstra para os alunos. (Foto: Gerson Walber)
Depois de ensinada a teoria de cada técnica, instrutor demonstra para os alunos. (Foto: Gerson Walber)
Que depois colocam em prática. No caso, era como escapar de um estrangulamento. (Foto: Gerson Walber)
Que depois colocam em prática. No caso, era como escapar de um estrangulamento. (Foto: Gerson Walber)

Depois do aquecimento, o instrutor explica a teoria, no caso da aula em que acompanhamos, a técnica para sair de um estrangulamento. Primeiro Giulio faz o passo a passo, para então cada aluno repetir com o outro. E é neste momento que se percebe o quanto a agilidade adquirida no treinamento anterior, é essencial.

Dividida em faixas, que vai da branca à preta, a graduação do Krav Maga se assemelha ao de judô. Desde o início do ano, o instrutor conta que de 11 visitas para aulas experimentais, sete se tornaram alunos. Sinal de que não há desistência logo no primeiro contato.

Na prática, alunos repetem a técnica recém aprendida. (Foto: Gerson Walber)
Na prática, alunos repetem a técnica recém aprendida. (Foto: Gerson Walber)

Professora de Educação Física, Rachel Nascimento Ramos, de 27 anos, é parte da pequena estatística de alunas mulheres, só 30% do grupo é formado por elas. A jovem sempre foi envolvida com lutas e quis conhecer sobre a técnica israelense. Desde a primeira aula, já se passaram nove meses.

"Melhorou muito meu condicionamento físico. É uma aula muito intensa, você perde bastante caloria e ajuda a emagrecer também", descreve. A intenção principal é aprender a se defender. "É melhor você saber e não precisar usar do que um dia precisar e não saber o que fazer".

Sobre a saída das aulas, ela resume numa só palavra: "acabada". "Mas feliz, é uma aula que a gente morre aqui, se mata, sai suado, mas aprende muita coisa legal".

As aulas podem ser encontradas de segunda a sexta e também aos sábados nas academias: Formae, na Rua Paraíba, 1681 e na Koreo, na Avenida Marechal Cândido Mariano Rondon, 163.

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Essa foi uma sugestão de pauta do amigo e leitor Felipe Pellegrini.

Nas imagens, aula parece "parada", mas técnica faz suar e muito. (Foto: Gerson Walber)
Nas imagens, aula parece "parada", mas técnica faz suar e muito. (Foto: Gerson Walber)
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