Em pesqueiro dentro da cidade, dá para pegar o peixe até à noite e assar na hora
Pode parecer clichê, mas em meio à cidade, quase no centro de Campo Grande, há um local onde é possível encontrar a paz que só a natureza permite. Não, não estamos falando do Parque das Nações Indígenas. Ali na rua Hiroshima, esquina com a avenida Mato Grosso, um grande gramado, verdinho, e com um lago na sua extensão funciona o Pesqueiro do Parque.
O espaço foi criado há muito tempo, mas com algumas interrupções nesse caminho. “Faz 1 ano e 4 meses que eu e meu pai estávamos com a ideia de abrir um pesqueiro, participamos de algumas licitações pelo governo federal para usar espaços destinados a fomentar a produção de peixe e conseguimos em Cuiabá. Mas, enquanto isso não sai tivemos a ideia de comprar aqui. Desde então, reabrimos o pesqueiro”, afirma um dos administradores do local, Adelmo Júnior, 30 anos
De terça à sexta-feira, das 14h às 20 horas, e sábado, domingo e feriados, das 8h às 20 horas, o pesqueiro funciona. “Quase sempre a gente está aqui no horário de almoço, então às vezes abre mais cedo”, brinca Adelmo. Quem tiver disposição, pode pegar a vara e pescar de pacu a pintado.
A cozinha, por mais simples que pareça é aberta. Os donos garantem uma costelinha frita na hora. “O que o pessoal pescar pode ser consumido aqui mesmo. A gente limpa o peixe e já frita. É tudo muito simples, mas é normalmente o que a pessoa quer mesmo. Quem vem aqui está em busca dessa tranquilidade, sem precisar ficar pensando em cerimônia”, explica Adelmo.
A ideia deu tão certo que ao menos uma vez por semana, um grupo de clientes que já viraram amigos se reúne à noite no pesqueiro. São empresários, administradores e até churrasqueiros que se encontram para relaxar e praticar o “esporte”. “Além de gostar de pescar, a gente vem se divertir um pouco, conversar, tomar uma cerveja, comer um peixe com os amigos”, afirma seu Velcir Vieira, 53 anos.
O catarinense tem a companhia do irmão Vanderley Vieira e do sobrinho Luiz Gustavo Kerber, 36 anos, nas pescarias durante a semana. É de Luiz inclusive a história de pescador de um peixe de 14 kg. “Era um pintado. Não é lenda não”, defende os amigos, mostrando as fotos da façanha no celular.
Luiz diz que os encontros realizados ao lado dos amigos são ótimos para desestressar. “Normalmente a gente vem nas sextas-feiras, quando temos um tempinho. Aqui é um lugar gostoso, deixamos o estresse lá fora”, acredita.
Outro que não falta aos encontros noturnos do grupinho é o gerente de vendas Lino Ramalho, 38 anos. "Faz um ano que a gente vem aqui, desde que abriu de novo. Acabou se transformando em um ponto de encontro e em um momento de descontração. É dentro da cidade, mas até esquecemos disso", brinca.
Além do pintado, há espécieis de pacu, matrinchã, piraputanga, curimba e tilápia. “Aqui é um lugar da família, vem criança aqui, os filhos dos amigos ficam amigos, é uma delícia mesmo. Tudo muito simples, sem frescura, mas que faz a diferente”, acredita Adelmo.
Para entrar no pesqueiro, o valor é de R$ 5,00. Já os peixes são por tipo, de escama o preço é R$ 15, o quilo e de couro, R$ 22,00. O cliente tem a opção de levar para casa ou comer no local. A administração ajuda na limpeza e até frita.
Informações pelo telefone (67) 9125-5143 ou (67) 9829-4840.
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