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Sabor

Em pesqueiro dentro da cidade, dá para pegar o peixe até à noite e assar na hora

Naiane Mesquita | 10/08/2015 06:23
Pesqueiro faz o peixe na hora depois que o cliente pesca (Foto: David Majella)
Pesqueiro faz o peixe na hora depois que o cliente pesca (Foto: David Majella)

Pode parecer clichê, mas em meio à cidade, quase no centro de Campo Grande, há um local onde é possível encontrar a paz que só a natureza permite. Não, não estamos falando do Parque das Nações Indígenas. Ali na rua Hiroshima, esquina com a avenida Mato Grosso, um grande gramado, verdinho, e com um lago na sua extensão funciona o Pesqueiro do Parque.

Pescaria noturna atrai quem deseja fugir do estresse cotidiano (Foto: Vanessa Tamires)
Pescaria noturna atrai quem deseja fugir do estresse cotidiano (Foto: Vanessa Tamires)

O espaço foi criado há muito tempo, mas com algumas interrupções nesse caminho. “Faz 1 ano e 4 meses que eu e meu pai estávamos com a ideia de abrir um pesqueiro, participamos de algumas licitações pelo governo federal para usar espaços destinados a fomentar a produção de peixe e conseguimos em Cuiabá. Mas, enquanto isso não sai tivemos a ideia de comprar aqui. Desde então, reabrimos o pesqueiro”, afirma um dos administradores do local, Adelmo Júnior, 30 anos

De terça à sexta-feira, das 14h às 20 horas, e sábado, domingo e feriados, das 8h às 20 horas, o pesqueiro funciona. “Quase sempre a gente está aqui no horário de almoço, então às vezes abre mais cedo”, brinca Adelmo. Quem tiver disposição, pode pegar a vara e pescar de pacu a pintado.

A cozinha, por mais simples que pareça é aberta. Os donos garantem uma costelinha frita na hora. “O que o pessoal pescar pode ser consumido aqui mesmo. A gente limpa o peixe e já frita. É tudo muito simples, mas é normalmente o que a pessoa quer mesmo. Quem vem aqui está em busca dessa tranquilidade, sem precisar ficar pensando em cerimônia”, explica Adelmo.

Grupo se reúne no oásis em meio aos prédios da Capital (Foto: Vanessa Tamires)
Grupo se reúne no oásis em meio aos prédios da Capital (Foto: Vanessa Tamires)

A ideia deu tão certo que ao menos uma vez por semana, um grupo de clientes que já viraram amigos se reúne à noite no pesqueiro. São empresários, administradores e até churrasqueiros que se encontram para relaxar e praticar o “esporte”. “Além de gostar de pescar, a gente vem se divertir um pouco, conversar, tomar uma cerveja, comer um peixe com os amigos”, afirma seu Velcir Vieira, 53 anos.

O catarinense tem a companhia do irmão Vanderley Vieira e do sobrinho Luiz Gustavo Kerber, 36 anos, nas pescarias durante a semana. É de Luiz inclusive a história de pescador de um peixe de 14 kg. “Era um pintado. Não é lenda não”, defende os amigos, mostrando as fotos da façanha no celular.

Luiz diz que os encontros realizados ao lado dos amigos são ótimos para desestressar. “Normalmente a gente vem nas sextas-feiras, quando temos um tempinho. Aqui é um lugar gostoso, deixamos o estresse lá fora”, acredita.

Outro que não falta aos encontros noturnos do grupinho é o gerente de vendas Lino Ramalho, 38 anos. "Faz um ano que a gente vem aqui, desde que abriu de novo. Acabou se transformando em um ponto de encontro e em um momento de descontração. É dentro da cidade, mas até esquecemos disso", brinca.

É pesqueiro, mas o grupo de Lino faz questão de fazer um churrasquinho durante a noite (Foto: Vanessa Tamires)
É pesqueiro, mas o grupo de Lino faz questão de fazer um churrasquinho durante a noite (Foto: Vanessa Tamires)

Além do pintado, há espécieis de pacu, matrinchã, piraputanga, curimba e tilápia. “Aqui é um lugar da família, vem criança aqui, os filhos dos amigos ficam amigos, é uma delícia mesmo. Tudo muito simples, sem frescura, mas que faz a diferente”, acredita Adelmo.

Para entrar no pesqueiro, o valor é de R$ 5,00. Já os peixes são por tipo, de escama o preço é R$ 15, o quilo e de couro, R$ 22,00. O cliente tem a opção de levar para casa ou comer no local. A administração ajuda na limpeza e até frita.

Informações pelo telefone (67) 9125-5143 ou (67) 9829-4840.

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