Abertura de importação de algodão pelo Egito pouco mexe com mercado de MS
Estado é o segundo maior produtor de plumas do Centro-Oeste; 90% já é exportado para a Ásia
Com 95% da área prevista de 26,9 mil hectares já plantadas com algodão, a Ampasul (Associação dos Produtores de Algodão de Mato Grosso do Sul) recebe com pouca animação a notícia de abertura das importações de algodão brasileiro pelo Egito, conhecido pelo status de produzir as melhores plumas do mundo.
Atualmente, 90% do algodão produzido pelo Mato Grosso do Sul já tem como destino países asiáticos. O restante fica no mercado interno, principalmente São Paulo, Paraná e Santa Catarina. A previsão, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), é que MS produza 146 mil toneladas de algodão (com caroço) e 60 mil toneladas de plumas.
Perfil da produção
As 23,9 mil hectares para a safra 2022-2023 estão espalhadas pelos municípios de Alcinópolis, Nova Andradina, Bandeirantes, Maracaju, Aral Moreira, Campo Grande, Paraíso das Águas, Chapadão do Sul e Costa Rica. Estes dois últimos municípios, segundo o diretor-executivo da Ampasul, Adão Hoffman, concentra 80% da produção de algodão do Estado, já que eles "detém as melhores condições adequadas de solo, clima e tecnologia já aderida pelos produtores da região", explica o diretor.
A totalidade do algodão sul-mato-grossense será plantada até 30 de janeiro, em segunda época após a soja e o feijão.
As negociações para a abertura do mercado do algodão brasileiro para o Egito iniciaram-se em 2006 sendo intensificadas a partir de 2020, resultando finalmente agora na abertura do mercado.