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Lado Rural

Dia de Campo da Mandioca 2023 terá cultivares inéditas e apresentação de drones

Evento acontece em Naviraí; potencial produtivo em MS pode chegar a até 62 toneladas por hectare

José Roberto dos Santos | 26/06/2023 14:50
Apresentação de colheitadeira de mandioca, durante dia de campo em 2022. (Foto: Divulgação/Copasul)
Apresentação de colheitadeira de mandioca, durante dia de campo em 2022. (Foto: Divulgação/Copasul)

Está marcado para o dia 12 de julho a quarta edição do Dia de Campo da Mandioca Copasul, um dos principais eventos da cultura em todo o Brasil. Em 2023, o encontro terá como destaque o lançamento de um livro, além de seis palestras abordando temas como manejo para o plantio, fatores que impactam na alta produtividade, apresentação de materiais genéticos inéditos de mandioca para o Cerrado, tendências de mercado, controle de plantas daninhas e novas tecnologias de pulverização com a demonstração prática do uso de drone na mandiocultura.

“Os participantes produtores que estiverem presentes no evento vão adquirir conhecimentos relacionados ao manejo de plantas daninhas, época de plantio e, principalmente, genética. A gente terá um espaço muito importante em parceria com a Embrapa, onde vamos falar sobre novas cultivares, novos materiais que estão vindo com carga genética de alto potencial produtivo. E como estaremos no início do plantio da safra de mandioca, o produtor certamente irá conseguir fazer os ajustes necessários para a sua lavoura”, resumiu o engenheiro agrônomo Cleiton Simão Zebalho, coordenador técnico da cultura da mandioca da Copasul.

Lançamentos e e-book

Durante o 4º Dia de Campo da Mandioca, Zebalho fará uma palestra sobre “Fatores de manejo para altas produtividades de mandioca de indústria em Mato Grosso do Sul”, mesmo título do livro que trata da dissertação de seu mestrado em engenharia agrícola pela UFSM-RS.

De acordo com o mestre em engenharia agrícola, durante as pesquisas para sua dissertação, ele descobriu que há uma lacuna de até 44 toneladas por hectare entre a média atual de produtividade da mandioca em Mato Grosso do Sul e todo o seu potencial produtivo, que pode chegar a até 62 toneladas por hectare na região. Para se aproximar deste potencial, adubação, controle de plantas daninhas, genética e janela de plantio são os principais fatores que o agricultor deve melhorar em sua fazenda, conforme apontou seu trabalho.

Novas cultivares

A Embrapa terá uma estação dedicada para a apresentação de cultivares de mandioca inéditas. Os analistas Helton Fleck da Silveira e Hermínio Souza Rocha, além do pesquisador Rudiney Ringenberg, todos da Embrapa Mandioca e Fruticultura, vão ministrar palestra sobre “Desafios e avanços para obtenção de novas cultivares de mandioca da Embrapa”.

“Neste espaço, eles vão estar falando sobre novos clones, apresentando cinco materiais que estão sendo cultivados aqui (na Fazenda Alto da Mata, propriedade anfitriã do evento) para demonstrar para os produtores, que são a BRS 429, uma mandioca de mesa, a BRS Ocauçu, BRS Boitatá, BRS CS 1 e BRS 420. São os melhores materiais hoje para o mercado”, enalteceu Cleiton.

As cultivares BRS Ocauçu e Boitatá ainda não foram lançadas oficialmente para o mercado, mas haverá demonstração de campos de cultivo na fazenda anfitriã do evento. “Esse ano eles ainda não vão falar de lançamento, mas elas poderão ser lançadas no Dia de Campo da Mandioca 2024”, anunciou o agrônomo.

Atualmente, a Copasul tem um contrato de transferência de tecnologia ativo com a Embrapa Mandioca e Fruticultura, de forma que quando a empresa de pesquisa estuda novos clones da raiz, a Copasul recebe em primeira mão as amostras para testar e coletar dados que validem as pesquisas e o desenvolvimento de novos materiais.

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