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Lado Rural

Novilho precoce abatido em MS é 20 kg mais pesado que a média nacional

No comparativo com 2021, o número de animais da categoria, abatidos este ano, cresceu mais de 10%

José Roberto dos Santos | 23/12/2022 12:00
Novilhos precoces criados a pasto; terminação em menor tempo reduz custos e mitiga emissão de gases de efeito estufa, entre outras vantagens. (Foto: Divulgação)
Novilhos precoces criados a pasto; terminação em menor tempo reduz custos e mitiga emissão de gases de efeito estufa, entre outras vantagens. (Foto: Divulgação)

Pecuaristas ligados à ANPMS (Associação Novilho Precoce de Mato Grosso do Sul), encaminharam este ano mais de 100 mil animais para o abate. Além de volume, a produtividade foi um ponto alto das propriedades associadas. Em média de peso dos machos enviados para a indústria durante o ano superaram os números brasileiros, segundo o “Beef Report” 2022, relatório divulgado anualmente pela Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Frigoríficas).

O peso médio dos machos abatidos em 2022 pela Novilho Precoce foi de 309,27 quilos ou 20,6 arrobas, enquanto a média nacional ficou em 290,7kg ou 19,38@. São quase 20 quilos a mais por animal, número que segundo a Novilho Precoce MS, é reflexo de um trabalho executado dentro e fora da porteira, mas principalmente, pelo desempenho do pecuarista engajado com a produtividade e a sustentabilidade.

Novilhos precoces em mangueiro de frigorífico sul-mato-grossense, prontos para o abate. (Foto: Divulgação)
Novilhos precoces em mangueiro de frigorífico sul-mato-grossense, prontos para o abate. (Foto: Divulgação)

No comparativo com 2021, o número de animais abatidos cresceu mais de 10%, saltando de 90.486 cabeças para 104.285 cabeças. Crescimento expressivo também no número de animais jovens abatidos pela Associação, no ano passado 91% dos animais tinham até 36 meses, esse ano esse número saltou para 96%, confirmando maior sustentabilidade na pecuária em Mato Grosso do Sul.

“O produtor tem adotados práticas que confirmam sua eficiência do lado de dentro da porteira, com produtividades cada vez maiores, boas práticas agropecuárias, investimento em genética e manejo nutricional adequado, uma soma de esforços, que junto de um formato de gestão atualizado, faz a diferença nas planilhas", explica o presidente da ANPMS, Rafael Gratão.

Remuneração e bonificação

Enquanto isso, afirma, a Associação "trabalha aqui, do lado de fora da porteira, buscando remuneração por essa eficiência e fazendo com que a proteína animal originada neste processo, ganhe diferencial no mercado, por preservar o meio ambiente, gerar mais empregos e se afirmar como uma atividade econômica positiva para o produtor rural e para o Estado."

Para Gratão, é um somatório, que culmina em maior peso animal, melhor qualidade de carcaça e maior bonificação ao produto.

E sobre a bonificação, somente neste ano, 91% dos animais abatidos pela associação receberam bonificação e a tendência é que esse valor aumente ainda mais no próximo ano. “Nossa perspectiva de aumento é de 20% para 2023, isso baseado no crescimento do número de associados e também pelas novas parcerias fechadas com a indústria. Como houve um reajuste no valor das bonificações, isso faz com que nossas expectativas cresçam também,” pontua o vice-presidente da entidade, Rafael Lima.

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