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Lado Rural

Preço da celulose sobe 45% e faturamento do setor cresce 35% com exportações

Com relação aos principais produtos exportados, a soja ainda apareceu como o primeiro item na pauta

Por José Roberto dos Santos | 08/07/2024 16:44
Empilhadeira movimenta carga de celulose em indústria de MS. (Foto: Arquivo/Semadesc)
Empilhadeira movimenta carga de celulose em indústria de MS. (Foto: Arquivo/Semadesc)

Soja e celulose puxaram a balança comercial de Mato Grosso do Sul, garantindo um superavit de US$ 3,71 bilhões no acumulado do ano. As exportações somaram US$ 5,098 bilhões no período de janeiro a junho. No volume total das exportações, entretanto, houve queda de 6,20% no valor comercializado. O destaque fica por conta do faturamento com a celulose, que mesmo enviando menos produto para o exterior este ano – foram 2.050.641 toneladas contra 2.195.157 toneladas do primeiro semestre do ano passado, o preço do produto valorizou 45% e registrou US$ 1,044 bilhão contra US$ 771,6 milhões em 2023.

Os números constam da Carta de Conjuntura Comércio Exterior, publicada na sexta-feira, 5, pela coordenadoria de economia e estatística da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

Com relação aos principais produtos exportados, a "Soja" apareceu como o primeiro item na pauta de exportações, com 37,94% do total exportado em termos de valor ou equivalente a US$ 2,3 bilhões no ano. O segundo produto da pauta foi a ‘Celulose’, com 20,49% de participação e receita de US$ 1,044 bilhão. Comparativamente ao mesmo período do ano anterior, ocorreu uma alta de 35,39% no valor de exportação. A carne bovina destacou-se em terceiro lugar com US$ 443 milhões vendidos.

Na avaliação do secretário da Semadesc, Jaime Verruck  no caso da carne bovina, o Estado começa a ver os primeiros resultados positivos do credenciamento e frigoríficos para a China. “A retomada nas exportações de carne bovina já mostra o quanto o crescimento na habilitação dos frigoríficos tem sido favorável para a exportação de MS”, frisou.

A celulose que também foi destaque na balança comercial foi citada por Verruck. “A celulose continua com um mercado bastante dinâmico forte. Nós tivemos um crescimento de 35% nas exportações em relação ao mesmo período do ano passado”, comemorou  o secretário.

A China continua sendo o principal destino das vendas externas do MS, absorvendo 49,32% das exportações. Seguido pelo Estados Unidos (5,50%) e Países Baixos (4,38%).

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Setores de Atividade
 A indústria de Transformação passou por um aumento no seu valor de exportações (0,32%). A agropecuária, por sua vez, teve declínio de 14,39% no volume exportado, indicando uma redução na atividade agropecuária. A indústria extrativa registrou alta de 17,89% no valor de exportação, refletindo em uma variação positiva do desempenho no setor.

Por conta da quebra na safra, a agropecuária e os setores ligados a atividade estão tendo desempenho mais fraco na balança em relação a 2023. “Tivemos uma redução no preço da soja no ano passado e também existe hoje por parte do produtor uma retenção do grão. Então o fluxo de comércio exterior não tem evoluído em termos de volume exatamente por conta do preço. Consequentemente o produtor está estocado, ou seja estamos com o nível de comercialização da soja abaixo do ano passado”, avalia Verruck

Segundo ele, esta queda represada, principalmente no segundo semestre ela deve avançar nas suas negociações. Com relação a recuo na exportação de minério de ferro ele relembra que a produção é constante mas existe uma restrição de calado no Rio Paraguai, o que tem causado um retardamento do volume exportado. “A crise hídrica afetou as exportações de minério em MS”, pontuou.

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